O avião ATR da companhia Aseman Airlines, que caiu na Cordilheira de Zagros, foi achado nesta segunda-feiraAFP
Por AFP
Publicado 21/02/2018 11:50 | Atualizado 21/02/2018 13:50

Irã - As equipes de resgate começaram a retirar por terra, nesta quarta-feira, os corpos das vítimas do acidente de avião ocorrido no último domingo nas montanhas do sudoeste do Irã. No entanto, as tarefas foram suspensas no início da tarde por conta do mau tempo. Ainda não se sabe o número de corpos que foram encontrados. Não há sobreviventes.

Diante da persistência do mau tempo, com tempestade de neve e ventos glaciais, as autoridades disseram que também será preciso, pelo menos temporariamente, adiar o transporte dos restos mortais por helicóptero.

Segundo um oficial do Exército, sete cadáveres puderam ser transportados pelo vale até agora, enquanto uma fonte regional do Crescente Vermelho, citada pela Isna, indicou que 32 "pacotes" foram evacuados. Segundo esse mesmo funcionário, as "peças" contidas nesses pacotes "não são necessariamente corpos inteiros".

Ao chegar a uma estrada, os restos mortais serão entregues aos legistas para sua identificação, sendo transferidos por veículo para o aeroporto de Yassuj, cerca de 500 quilômetros ao sul de Teerã. 

O avião ATR da companhia Aseman Airlines, que caiu na Cordilheira de Zagros, foi achado nesta segunda-feiraAFP

O diretor das equipes de socorristas da província de Kohgilouyhe-Bouyer Ahmad disse à agência de notícias Ilna que "a maioria dos corpos pode ser identificado". 

Ainda segundo a Ilna, 33 pessoas a bordo eram de Teerã, e outras 15 da região de Yassuj.

Caixas-pretas ainda desaparecidas

Depois de dois dias de busca na cordilheira de Zagros, os socorristas localizaram, na terça-feira, a cerca de 4 mil metros de altitude, os destroços do avião ATR 72 da companhia iraniana Aseman Airlines. Mais de 100 pessoas participaram das buscas.

O avião decolou de Teerã rumo à cidade de Yassuj, com 66 pessoas a bordo — 60 passageiros e seis membros da tripulação. A aeronave desapareceu das telas dos radares durante uma tempestade de neve, quando se aproximava de seu destino. O aparelho está em serviço desde 1993. Ainda não se sabe o que provocou a queda da aeronave. As caixas-pretas continuam desaparecidas.

O Irã enfrentou algumas catástrofes aéreas desde 2003. O último grande acidente no campo da Aviação Civil remonta a 2014, quando 39 pessoas morreram na queda de um Antonov 140. Números da Flight Safety Foundation, uma ONG baseada nos Estados Unidos, sugerem que o Irã continua abaixo da média em termos de adoção de normas de segurança da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci).

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