Flórida - Os estudantes da escola de Ensino Médio americana Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida, voltaram às aulas nesta quarta-feira, em meio a ostensivas medidas de segurança. O retorno ocorre duas semanas depois da tragédia que terminou na morte de 17 pessoas. Até sexta-feira, os alunos terão uma carga horário de aula reduzida antes de retornar à rotina normal.
Os professores voltaram alguns dias antes ao colégio para se prepararem e, no domingo, a instituição organizou um dia de orientação para permitir a pais e estudantes recuperar as coisas que deixaram para trás em meio ao pânico e à retirada do dia do tiroteio.
O massacre na escola aconteceu pelas mãos do ex-aluno Nikolas Cruz, de 19 anos. Expulso da escola por razões disciplinares, o rapaz usou um fuzil AR-15, que havia comprado legalmente. Nesta quarta-feira, Nikolas passará por um pré-julgamento, onde será avaliado se ele tem recursos para contratar um advogado particular ou se irá precisar de um defensor público.
O episódio gerou um novo clamor pelo controle das armas no país. A cada ano, são cerca de 33 mil mortes.
Os estudantes sobreviventes exerceram pressão sobre políticos de Washington e da Flórida para que tomem medidas contra a violência armada e restrinjam o acesso às armas.
Durante anos, o Congresso americano esteve paralisado neste tema, ainda que as pesquisas mostrassem que a maioria da população apoia um controle mais estrito.
A National Rifle Association (NRA), é um poderoso lobby que exerce pressão em Washington e em congressos estaduais, com generosos financiamentos a políticos, para garantir que a livre venda e o porte de armas não sejam ameaçados.
Hoje pela manhã, a Dick's Sporting Goods, uma das maiores cadeias de distribuição de produtos de caça, pesca e de atividades de lazer ao ar livre, disse que estava pondo fim imediato à venda de fuzis de assalto e que não venderá mais armas para menores de 21 anos.
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