Kim Jong-un e Donald Trump devem se encontrar em maioAFP
Por AFP
Publicado 08/03/2018 21:53 | Atualizado 08/03/2018 22:56

Washington - O líder norte-coreano Kim Jong-Un e o presidente americano, Donald Trump, acordaram se encontrar até o mês de maio para debater o desarmamento nuclear na península coreana, anunciou nesta quinta-feira um alto funcionário da Coreia do Sul.

Trump "aceitará o convite para se encontrar com Kim Jong-Un (...) em local e data que ainda serão definidos", disse a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders, acrescentando que Washington busca eliminar as armas nucleares da Coreia do Norte.

A porta-voz destacou que apesar do anúncio, "todas as sanções e a máxima pressão continuarão" sobre a Coreia do Norte.

Sanders confirmou assim a informação do assessor de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, de que "o presidente se reuniria com Kim Jong Un até o mês de maio para alcançar uma 'desnuclearização' permanente" da Península coreana.

Chung Eui-yong integrou a delegação de alto nível da Coreia do Sul que manteve um histórico encontro em Pyongyang com a liderança norte-coreana. Durante a reunião, Kim informou sua disposição de renunciar ao programa de armas nucleares em troca de garantias internacionais a sua segurança.

Após o anúncio de seu encontro com o líder norte-coreano, Trump saudou no Twitter os "grandes progressos" obtidos para persuadir a Coreia do Norte a acabar com seu programa nuclear.

"Kim Jong-Un conversou sobre 'desnuclearização' com os representantes sul-coreanos, e não apenas sobre um congelamento" das atividades nucleares. "Estamos obtendo grandes progressos, mas as sanções permanecerão até que haja um acordo", escreveu Trump.

Em entrevista coletiva na Casa Branca, Chung Eui-yong revelou que "teve o privilégio de informar ao presidente Trump sobre sua recente visita à Coreia do Norte (...) e lhe expliquei que sua liderança e sua política de pressão máxima, junto à solidariedade internacional, nos levaram a esta conjuntura".

"Expressei a gratidão pessoal do presidente (sul-coreano) Moon Jae-in pela liderança do presidente Trump". Chung transmitiu ainda a Trump que Pyongyang "evitará novos testes nucleares ou de mísseis".

"A República da Coreia, os Estados Unidos e nossos numerosos sócios em todo o mundo seguem plena e decididamente comprometidos com a 'desnuclearização total da Península coreana".

"Junto com o presidente Trump, somos otimistas sobre prosseguir com um processo diplomático para tentar uma solução pacífica (...) mas para se evitar os erros do passado a pressão continuará até que a Coreia do Norte transforme suas palavras em ações concretas", declarou Chung.

 

 

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