Londres - Após ter seu plano de formar um grupo de crianças para praticar atentados terroristas em Londres, o britânico de origem miçulmana Umar Ahmed Haque foi condenado ontem por um tribunal britânico a prisão perpétua, com no mínimo 25 anos em regime fechado.
Ele planejava formar um grupo de 300 pessoas para atingir com armas e carros bombas 30 alvos na capital britânica, incluindo o Big Ben.
Mesmo sem ter formalmente o título de professor, Umar deu aula de religião islâmica para mais de 250 crianças, entre 11 e 14 anos, em duas escolas e na mesquita de Ripple Road, em Londres, por cinco anos.Pais pagavam para os filhos terem aula com Umar depois da escola, mas ele passou a ensinar, ao lado de uma interpretação fundamentalista do Corão, conhecimentos "militares". Ele também exibia vídeos de propaganda do Estado Islâmico.
O juíz Charles Haddon-Cave, da corte penal de Old Bailey, disse em sua sentença que o condenado é mentiroso, inteligente, eloquente, persuasivo, narcisista e que claramente desfruta do poder que exerce sobre os outros. Ele também disse que os planos de Haque de atentados contra alvos em Londres eram "muito reais".
Haque estava sendo observado pela polícia desde Abril de 2016, quando teve seu passaporte preso após tentar ir para Istambul, mas foi após sua prisão em Maio do ano passado que a extensão das suas atividades de ensino foi revelada. Em seu depoimento no tribunal, ele disse que foi inspirado pelo ataque à Torre de Westminster em 2017. "Estamos aqui para aterrorizar. Somos um esquadrão da morte enviado por Allah para vingarmos o sangue dos nossos irmãos arábens" afirmou o 'professor de terrorismo'.
Ainda não se sabe como Haque tornou-se professor religioso na Mesquita Ripple Road. Ele foi contratado como administrador, mas depois passou a ensinar religião para as crianças.
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