Menina de oito anos é estuprada e assassinada por grupo nao em Kathua. Ela desapareceu quando foi à floresta procurar pôneis perdidos.
Segundo a ata de acusação da polícia, publicada esta semana, a vítima foi sequestrada por habitantes locais, que a mantiveram em cativeiro por cinco dias em uma cabana e depois em um templo hindu.
Durante o sequestro, vários homens, entre eles um policial, teriam estuprado a menina de forma sucessiva. Depois, ela foi estrangulada e sua cabeça, esmagada com uma pedra. Oito homens foram presos.
Segundo os investigadores, os homens quiseram aterrorizar os Bakerwals, comunidade nômade de pastores muçulmanos a que pertencia a menina, para dissuadi-los de ir à sua região.
O crime provocou reações indignadas no mundo político e na sociedade civil. O primeiro-ministro, Modi, um nacionalista hindu, não se pronunciou sobre nenhum dos dois casos.
Já sua ministra encarregada da mulher e da infância, Maneka Gandhi, afirmou no Twitter que tentaria mudar a legislação em vigor para punir "com pena de morte o estupro de menores de 12 anos".
Cerca de 40.000 casos de estupro são denunciados por ano na Índia, segundo as estatísticas oficiais. Os observadores consideram que isso só representa a ponta do iceberg devido à intensa cultura do silêncio que prevalece sobre este tema na sociedade indiana.