O Exército russo afirmou ontem que tem "evidências do envolvimento direto da Grã-Bretanha" na "montagem" de um ataque químico na Síria, atribuído ao governo. O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, acusou Londres de ter exercido "forte pressão" sobre os socorristas sírios para montar este suposto ataque químico em Duma. "Dispomos de provas irrefutáveis de que se tratou de uma nova encenação e de que os serviços especiais de um Estado atualmente em primeira linha de uma campanha russófoba participaram" dela, declarou Lavrov em entrevista coletiva.
O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse que a prioridade é evitar o perigo de um confronto militar direto entre os Estados Unidos e a Rússia, que mantém tropas na Síria. Ele ainda alertou os EUA que um ataque aéreo à Síria ordenado por Washington pode desencadear uma guerra entre os dois países.
A ONU, ontem, debateu os acontecimentos recentes envolvendo a Síria. "A Guerra Fria está de volta, mas com uma diferença. O conflito não está mais polarizado entre EUA e Rússia, mas com elevada fragmentação", afirmou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
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