O presidente francês Emmanuel Macron e sua mulher Brigitte chegam à Base Aérea de Andrews, nos Estados Unidos Win McNamee/Getty Images/AFP
Por AFP
Publicado 23/04/2018 18:03 | Atualizado 23/04/2018 18:08

Washington - O presidente francês Emmanuel Macron chega a Washington nesta segunda-feira para uma visita de Estado de três dias, esperada como uma dura prova de "amizade" com seu equivalente americano Donald Trump, na qual os líderes vão tratar de suas diferenças acerca do acordo nuclear do Irã e outros assuntos.

Na véspera, Macron citou no domingo à Fox News - emissora preferida de Trump - seus argumentos para convencê-lo nos temas em que têm divergências, como o Irã, a Síria e o conflito comercial entre União Europeia e Washington.

Mas esta visita de Estado, a primeira de um dirigente estrangeiro na era Trump, começará nesta segunda adiando temporariamente os assuntos espinhosos. No primeiro plano, estará a boa relação entre o líder francês de 40 anos e seu anfitrião americano.

Menos de um ano depois de jantarem no segundo andar da Torre Eiffel, Trump e a primeira-dama Melania receberão Brigitte e Emmanuel Macron para um jantar privado em Mount Vernon, a residência histórica de George Washington ao sul da capital.

As discussões diplomáticas começarão na terça-feira, com reuniões na Casa Branca, seguidas de um jantar de Estado. Na quarta-feira, Macron falará em inglês ao Congresso.

Apesar das manifestações de amizade, os dois têm profundas discordâncias. O mandatário francês espera que a boa relação ajude a influenciar as posturas de seu par americano.

O ponto mais tenso será o acordo nuclear com o Irã, assinado em 2015, que Trump ameaça romper se não for endurecido. Macron quer propor um acordo complementar entre países ocidentais que atenda às suas inquietações, mas não se sabe se isso será suficiente para mudar a opinião do americano até 12 de maio - quando tomará sua decisão.

Na agenda também estará a estratégia na Síria, após a vitória contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Macron, que se tornou no maior parceiro europeu de Trump, também pretende evitar a implementação de tarifas americanas ao aço e alumínio da UE, suspensas até 1º de maio.

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