Irã - O Irã se preparará para a produção em escala industrial de combustível nuclear, mesmo que procure garantias de outros países para que o acordo nuclear seja honrado.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, divulgou a reação de seu governo à decisão do presidente Trump na terça-feira de voltar a impor sanções americanas contra empresas estrangeiras que fazem negócios com o Irã, em um comunicado no Twitter nesta sexta-feira.
"O presidente da Organização de Energia Atômica do Irã foi encarregado de tomar todas as medidas necessárias na preparação para que o Irã busque o enriquecimento em escala industrial sem quaisquer restrições, usando os resultados da mais recente pesquisa e desenvolvimento dos bravos cientistas nucleares iranianos", disse o comunicado.
A Alemanha e a França disseram que buscariam proteger as empresas europeias das sanções impostas pelos EUA, que proibiram empresas que fazem negócios no Irã de usar o sistema financeiro dos EUA.
O presidente russo, Vladimir Putin, conversou com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente da Turquia, Recep Erdogan, no intuito de salvar o acordo nuclear de 2015 com o Irã, segundo a agência de notícias oficial russa TASS. Putin defende um novo sistema financeiro com a China que contorne as sanções norte-americanas, que também visam seu país.
Acordo nuclear do Irã
O acordo nuclear foi negociado pelo então presidente Barack Obama com a Grã-Bretanha, a China, a França, a Alemanha e a Rússia para limitar as atividades nucleares do Irã em troca de alívio das sanções internacionais coordenadas pela administração Obama. O acordo concentrou-se em limitar e monitorar a produção de combustível nuclear do Irã.
O acordo permitiu que o Irã reconectasse as máquinas e, eventualmente, construísse um programa de enriquecimento em escala industrial a partir de 2025.
A declaração de Zarif disse que com a retirada dos EUA do acordo, o Irã está preparado para embarcar no projeto de enriquecimento de 2025 agora.