Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou nesta quinta-feira seu desejo de aprovar mudanças na lei imigratória no país. Segundo ele, a fronteira "tem sido uma grande bagunça e um problema há muitos anos", o que exige um "acordo de fato" no Legislativo para "resolver esse problema longevo".
"Nós não devemos contratar milhares de juízes, como nossas ridículas leis de imigração exigem", escreveu Trump em sua conta no Twitter. "Devemos mudar nossas leis, construir o muro e contratar agentes fronteiriços", argumentou, dizendo que isso desestimulará imigrantes ilegais.
Trump também criticou lideranças do Partido Democrata, que segundo ele são fracos no combate ao crime e na segurança fronteiriça. Ele mencionou especificamente o senador democrata Charles Schumer, líder da minoria no Senado, e Nancy Pelosi, líder da minoria na Câmara dos Representantes. "Schumer costumava querer segurança na fronteira - agora ele escolhe o crime!".
Na quarta-feira, Trump firmou um decreto determinando que todos os integrantes da família permaneçam detidos juntos durante o processo criminal contra os adultos sujeitos à deportação. Com isso, o presidente voltou atrás na política de separar famílias que cruzam a fronteira do México com os EUA ilegalmente, alvo de críticas dentro e fora do país. Trump disse, porém, que pretende manter a política de "tolerância zero" e processar todos os imigrantes que entram de maneira ilegal.
ONU e Rússia querem EUA no Conselho de Direitos Humanos
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, apelou aos EUA que reconsiderem sua decisão de se retirar do Conselho de Direitos Humanos da entidade.
"Nós, obviamente, preferiríamos que os EUA continuassem no Conselho de Direitos Humanos", comentou nesta quinta-feira Guterres. "Eu acredito que a arquitetura dos direitos humanos é uma ferramenta fundamental no atual momento para promover e proteger os direitos humanos ao redor do mundo", acrescentou.
Guterres falou a repórteres em Moscou, depois de se reunir com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.
Lavrov deu opinião semelhante. "Esperamos que essa decisão não seja final, e que os EUA restabeleçam o compromisso com a ONU", afirmou ele.