Deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) visita brasileiros em prisão de Cabo Verde - Reprodução/ Facebook
Deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) visita brasileiros em prisão de Cabo VerdeReprodução/ Facebook
Por O Dia

Cabo Verde - O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB - BA) está em Cabo Verde intercedendo por três brasileiros que foram presos por lá em agosto do ano passado acusados de tráfico internacional de drogas. O parlamentar publicou vídeos em sua página no Facebook nesta segunda-feira dizendo que conversou com os três velejadores na Cadeia Central de São Vicente. "Rodrigo e Daniel Dantas e Daniel Guerra estão bastante indignados com o que está acontecendo, mas também muito confiantes no Judiciário do Cabo Verde", disse.

Imbassahy participou de reunião com familiares, foi ao presídio e conversou com a diretora da unidade, além de visitar os presos.

"Com respeito à soberania entre os países, o que procuramos é que o inquérito da Polícia Federal brasileira, que inocentou os jovens, seja reconhecido pela Justiça de Cabo Verde. Queremos que justiça seja feita", disse no vídeo.

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Entenda o caso

Os velejadores brasileiros embarcaram em veleiro como tripulantes em agosto de 2017 rumo a Cabo Verde.

O gaúcho Daniel Guerra e os baianos Rodrigo Dantas e Daniel Dantas tinham o sonho de atravessar o Atlântico e comandar grandes embarcações, mas precisavam ganhar experiência em milhas náuticas e foram selecionados por uma agência internacional.

Quando eles chegaram à ilha de São Vicente, em Cabo Verde, a polícia descobriu que a embarcação transportava mais de uma tonelada de cocaína.

Os brasileiros e um francês que comandava o veleiro foram presos.

Nos depoimentos, eles reafirmaram que não sabiam que estavam transportando a droga.

O veleiro, carregado de cocaína, navegou por boa parte da costa do Brasil. Os tripulantes embarcaram em Salvador e uma semana depois zarparam do porto de Natal, no Rio Grande do Norte.

Para o Ministério Público de Cabo Verde, a droga teria sido embarcada depois que o veleiro deixou Natal, no meio do Oceano Atlântico. Mas na Bahia, a Polícia Federal investigou o caso e concluiu que a história não foi essa. Segundo o delegado que comanda o inquérito, a cocaína foi embarcada em Guarapari, no litoral do Espírito Santo. Quando os tripulantes entraram na embarcação, a carga já estava escondida no porão.

A PF diz que o dono da embarcação, George Saul, responsável pela carga, comprou material para revestir o porão com fibra de vidro e que, quando o veleiro já estava carregado com a droga no Porto de Salvador, George Saul não saía de dentro da embarcação e se mostrava nervoso, de acordo com depoimentos de testemunhas.

Segundo as investigações, a droga estava tão escondida que nem uma inspeção da própria PF com um cão farejador, feita no Porto de Natal, conseguiu descobrir.

George Saul, o inglês dono do barco, responsável pela carga de mais de uma tonelada de cocaína, está foragido.

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