Complexo improvisado em Amalia, Novo México, onde a polícia resgatou 11 crianças e prendeu dois homens armados - AFP photo/ Taos County Sheriff's office
Complexo improvisado em Amalia, Novo México, onde a polícia resgatou 11 crianças e prendeu dois homens armadosAFP photo/ Taos County Sheriff's office
Por AFP

Rio - Crianças e adolescentes resgatados de um acampamento no Novo México, nos EUA, estavam sendo treinadas para praticar tiroteios em colégios, de acordo com novo documento divulgado pelas autoridades americanas. A informação é do jornal inglês The Guardian.

A operação aconteceu na última sexta-feira, quando as 11 crianças e adolescentes, com idades entre 1 e 15 anos, foram resgatadas no estado americano do Novo México.

A operação tinha como objetivo inicial resgatar um menino sequestrado há três anos, de acordo com a polícia do condado de Taos, no Novo México.

A investigação começou no ano passado do outro lado dos Estados Unidos, na Geórgia, onde Siraj Wahhaj, de 39 anos, foi acusado de sequestrar o filho, que não foi encontrado no complexo do Novo México.

Polícia diz que 11 crianças de 1 a 15 anos foram resgatadas no estado americano do Novo México, depois que policiais invadiram um complexo improvisado ocupado por homens armados - AFP photo/ Taos County Sheriff's office

A mãe do menino afirmou à polícia que o filho, que segundo ela sofre convulsões e atrasos cognitivos e de desenvolvimento, foi ao parque com o pai em dezembro e nunca retornou.

 No dia 2 de agosto, o xerife do condado de Taos, Jerry Hogrefe, emitiu uma ordem de busca que descrevia "um complexo improvisado, cercado de pneus e terra", em uma subdivisão na qual se acreditava que estavam Wahhaj e Lucas Morten, um adulto.

O FBI forneceu informações e vigilância no local, mas não acreditava que existisse uma causa provável para entrar na propriedade, informou Hogrefe.

Siraj Ibn Wahhaj após sua prisão em 3 de agosto de 2018 em um complexo improvisado em Amalia, Novo México - AFP photo/ Taos County Sheriff's office

"Tudo mudou quando um detetive da Geórgia nos transmitiu uma mensagem que razoavelmente acreditávamos que era de alguém que estava no complexo: a mensagem dizia simplesmente 'estamos famintos e precisamos de comida e água", explicou o xerife em um comunicado.

"Sabia que não poderíamos esperar a intervenção de outra agência e tivemos que verificar o mais rápido possível", completou.

O oficial informou que a operação foi planejada pensando na segurança dos policiais "porque sabíamos que os ocupantes provavelmente estavam fortemente armados".

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