Um hospital cuida de 48 feridos, entre eles 30 crianças - STRINGER / AFP
Um hospital cuida de 48 feridos, entre eles 30 criançasSTRINGER / AFP
Por AFP

Sana, Iêmen - Pelo menos 29 crianças de menos de 15 anos morreram na quinta-feira, em um bombardeio aéreo contra um ônibus no Iêmen, segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Os Estados Unidos e a ONU pedem uma investigação "rápida" e "independente" para o ataque.

Um hospital que tem o apoio dessa organização cuida de 48 feridos, entre eles 30 crianças.

A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, que intervém desde 2015 contra os rebeldes, reconheceu ter lançado um bombardeio nessa área, mas garantiu que apontava para um ônibus, no qual viajavam "combatentes huthis".

Nesta sexta, a coalizão anunciou que vai abrir uma investigação sobre o ataque aéreo, que também deixou ao menos 48 feridos no reduto rebelde do norte de Saada. Já o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu uma investigação confiável e transparente sobre o ataque.

A embaixadora britânica, Karen Pierce, que ocupa a presidência do Conselho, disse a jornalistas, após uma reunião a portas fechadas sobre o Iêmen que "se alguma investigação que se realize não for crível, o Conselho obviamente vai querer revisá-la".

O Conselho não ordenou uma investigação em separado, mas "agora fará consultas com a ONU e outros a melhor forma de conduzir a investigação", disse Pierce.

A reunião foi solicitada por Bolívia, Holanda, Peru, Polônia e Suécia, que não são membros permanentes do Conselho.

O Kuwait, que também é membro não permanente, integra a coalizão saudita que luta contra os rebeldes huthis.

Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, três dos membros permanentes do Conselho, apoiaram a coalizão saudita em sua campanha conta os rebeldes huthis no Iêmen, mas expressaram sua preocupação com o alto número de vítimas civis. Washington se uniu às vozes que pedem uma investigação.

A porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, assegurou que os EUA estão "preocupados" com os informes sobre o ataque que causou a morte de civis.

"Pedimos à coalizão liderada pela Arábia Saudita que faça uma investigação exaustiva e transparente sobre o incidente", declarou.

Já o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu "uma investigação rápida e independente".

A coalizão liderada por Riade intervém no Iêmen para apoiar as forças do presidente Abd Rabo Mansur Hadi. Esse contingente combate os rebeldes huthis que tomaram importantes setores do país, incluindo a capital, Sanaa.

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