Ponte desabou em uma parte movimentada e muito habitada da cidade portuária de Gênova. Desabamento atingiu carros, casas, e galpões e nas ruas abaixo - AFP
Ponte desabou em uma parte movimentada e muito habitada da cidade portuária de Gênova. Desabamento atingiu carros, casas, e galpões e nas ruas abaixoAFP
Por O Dia

Itália - Subiu para 39 o número de mortos no desabamento de uma ponte na cidade portuária de Gênova, na Itália. Este número ainda pode aumentar. Durante a noite, os bombeiros resgataram nove corpos. A tragédia ocorreu na manhã desta segunda-feira, durante uma forte chuva. A esperança dos socorristas agora é encontrar sobreviventes nos escombros e nos destroços dos veículos, mas com o passas das horas, esta probabilidade fica cada vez menor. 

Entre as vítimas, está uma menina de 10 anos e um bebê. Até o momento, o número de feridos está em 13, alguns em estado grave. A ponte Morandi, que tem 100 metros de altura, corta toda a cidade portuária de Gênova e passa, inclusive, por uma área movimentada e povoada. A maior parte do viaduto caiu no leito do córrego Polcevera, mas trechos enormes caíram nas casas, nos galpões e nas ruas abaixo.

Ponte desabou em uma parte movimentada e muito habitada da cidade portuária de Gênova. Desabamento atingiu carros, casas, e galpões e nas ruas abaixo - AFP

O governo italiano ameçou punir a empresa que administra a rodovia por seus problemas estruturais desde a inauguração em 1967. "Não foi uma fatalidade, com certeza não", afirmou o procurador de Gênova, Francesco Cozzi. Muitos acreditam que a tragédia poderia ter sido evitada. 

O primeiro-ministro Giuseppe Conte, o vice-premier Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas (M5E), e o ministro dos Transportes e Infraestruturas, Danilo Toninelli, prometera punição após uma tragédia que muitos consideram de inaceitável. "Como aconteceram falhas graves, iniciamos os procedimentos para uma eventual revogação das concessões para a gestão das autoestradas e para infligir multas de até 150 milhões de euros", anunciou no Facebook o ministro Toninelli.

A 'Autostrade per l'Italia', empresa que administra a rodovia, afirmou que obras de consolidação estavam acontecendo na base do viaduto, que era objeto de "observação e vigilância constantes".

Ponte desabou em uma parte movimentada e muito habitada da cidade portuária de Gênova. Desabamento atingiu carros, casas, e galpões e nas ruas abaixo - AFP

Alguns engenheiros chamaram o desabamento da ponte de tragédia anunciada, pois desde sua construção nos anos 1960 era sinônimo de controvérsias, com direito a muitas obras caras de reforma contra as fendas e a degradação do concreto.

"Houve negligência. Temos que encontrar os culpados. Isto é um escândalo. Não poderia ter acontecido", afirmou, indignado, Francesco Buccheri, de 62 anos.

 

Um total de 440 pessoas foram obrigadas a abandonar suas residências e 11 edifícios da zona afetada foram evacuados pelo temor de queda de outras pilastras.

 

Ponte tinha 100 metros de altura. Desabamento ocorreu em uma parte movimentada e muito habitada da cidade portuária - AFP

O papa Francisco rezou nesta quarta-feira pelas vítimas de Gênova. "Envio um pensamento especial às vítimas da tragédia ocorrida ontem em Gênova", disse o papa ao final do Ângelus no dia da Festa da Assunção.

"Expresso minha proximidade espiritual às famílias das vítimas, aos feridos, aos desabrigados e a todos aqueles que sofrem com o trágico evento", completou, depois de pedir orações aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Com informações da AFP

 

 

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