Marcelle Guimarães levou o filho de três anos para o Brasil em 2013 sem a autorização do médico de Houston Chris Brann, pai da criança. Os dois haviam se divorciado em 2012

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Marcelle Guimarães levou o filho de três anos para o Brasil em 2013 sem a autorização do médico de Houston Chris Brann, pai da criança. Os dois haviam se divorciado em 2012 Reprodução/ Facebook
Por AFP

Chicago - Um juiz federal do Texas condenou o casal brasileiro Carlos e Jemima Guimarães a uma breve pena de prisão por ajudar a levar o neto dos Estados Unidos para o Brasil.

Um juri da cidade de Houston considerou, em maio, Carlos e Jemima Guimarães culpados por ajudar a filha a sair do país com o neto Nico Brann sem a autorização do pai americano.

O casal corria o risco de pegar até três anos de prisão, mas o juiz federal condenou nesta quarta-feira Carlos Guimarães a três meses de detenção e Jemima, a um mês, além de uma multa de 75 mil dólares para cada um.

O caso ocupou as manchetes da imprensa internacional após a prisão de Carlos e Jemima Guimarães, de 60 anos, em fevereiro passado, quando chegavam a Miami de férias.

A filha do casal, Marcelle Guimarães, levou o filho de três anos para o Brasil em 2013 sem a autorização do médico de Houston Chris Brann, pai da criança. Os dois haviam se divorciado em 2012.

Brann afirma que sua ex-esposa alegou que faria uma viagem de apenas algumas semanas, mas Nico jamais voltou aos Estados Unidos.

O tribunal de Houston concluiu que Carlos e Jemima Guimarães ajudaram a ocultar a real motivação da filha de levar Nico para o Brasil, onde obteve a guarda plena do menino.

Durante o julgamento, a defesa alegou que Marcelle era vítima de violência doméstica.

"O mundo precisa saber a verdade porque me casei com um monstro", disse Marcelle Guimarães - que hoje integra a lista de procurados pelo FBI - ao canal KHOU de Houston antes da sentença.

Brann foi ao Congresso dos EUA em 2016 para pedir a Washington que adotasse sanções contra o Brasil por violar a lei internacional que exige o regresso da criança ao seu país de origem diante da violação dos acordos bilaterais de custódia.

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