Por AFP

Moscou - A Rússia anunciou, nesta segunda-feira, que seus serviços de segurança detiveram um cidadão americano em Moscou acusado de espionagem, o mais recente de uma série de casos de espionagem entre a Rússia e o Ocidente.

O serviço de segurança interna FSB disse que o americano foi preso na sexta-feira "enquanto realizava um ato de espionagem". Um processo criminal foi aberto, informou o FSB em um comunicado, nos termos do artigo 276 do Código Penal russo, que permite sentenças de prisão de até 20 anos.

O comunicado identifica o americano em russo, usando um nome que, traduzido, seria Paul Whelan.

Em Washington, o Departamento de Estado assinalou ter sido formalmente notificado pelo Ministério russo das Relações Exteriores e que está buscando acesso ao americano detido.

"As obrigações da Rússia sob a Convenção de Viena exigem que forneçam acesso consular. Solicitamos esse acesso e esperamos que as autoridades russas providenciem isto", afirmou um porta-voz do Departamento de Estado.

Citando considerações de privacidade, o Departamento de Estado se recusou a fornecer mais detalhes, incluindo o nome da pessoa.

A prisão é feita no contexto do envolvimento de Moscou em vários escândalos de espionagem com o Ocidente, e depois de o presidente Vladimir Putin acusar as nações ocidentais de usar casos de espionagem para tentar minar o crescente poder da Rússia.

As relações entre Rússia e Ocidente atingiram uma nova baixa após os incidentes, com os Estados Unidos e a Europa aplicando a Moscou pacotes de sanções por conta dos escândalos de espionagem e do conflito na Ucrânia.

Em sua coletiva de imprensa anual neste mês, Putin disse que a pressão do Ocidente visava a restringir o crescimento da Rússia. "Há apenas um objetivo: conter o desenvolvimento da Rússia como um possível concorrente", disse. "Isso está ligado ao crescimento do poder da Rússia".

 

Você pode gostar