Caracas - O governo da Venezuela ofereceu cooperar com a Colômbia nas investigações sobre um suposto plano para atentar contra o presidente desse país, Iván Duque. Após a denúncia do chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, "estivemos tentando contactá-lo para oferecer a cooperação policial e de Inteligência a fim de investigar a sua denúncia", assegurou o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, no sábado à noite no Twitter.
Em um vídeo divulgado no sábado nas redes sociais, Trujillo afirmou que "há vários meses são adiantadas investigações da Inteligência sobre possíveis atentados contra a vida do presidente".
O chanceler colombiano também informou sobre a captura de três venezuelanos que possuíam "armamento de guerra", e disse que essas prisões "aumentam ainda mais as inquietações que as autoridades tiveram nessa questão".
Os dois primeiros suspeitos foram capturados em uma blitz de Natal em 21 de dezembro, perto da fronteira, quando viajavam em um transporte público com dois fuzis de alta precisão, detalhou em coletiva de imprensa o ministro da Defesa, Guillermo Botero.
Segundo se presume, se dirigiam para a cidade caribenha de Barranquilla, onde o terceiro suspeito foi preso em poder de uma submetralhadora e uma granada explosiva, acrescentou Botero. Arreaza solicitou a informação referida aos cidadãos presos "com a disposição total de adiantar uma investigação rigorosa".
A Venezuela acusa reiteradamente a Colômbia de fazer parte de um complô para derrubar e até mesmo assassinar o presidente Nicolás Maduro, a quem Duque chama de "ditador".
"Esperamos que esta necessária cooperação policial também sirva para que investiguem e capturem na Colômbia os responsáveis pelo magnicídio em grau de frustração" contra Maduro, em 4 de agosto, destacou Arreaza.
O ministro venezuelano estava se referindo à explosão de dois drones perto do local onde Maduro fazia um discurso durante uma parada militar em Caracas. O presidente assegura que a ação foi planejada na Colômbia e nos Estados Unidos, e comandada pelo ex-líder parlamentar Julio Borges, exilado em Bogotá e cuja extradição foi descartada por Duque.