Donald Trump - Jim WATSON / AFP
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Por AFP

Miami - O presidente americano, Donald Trump, incentivou nesta segunda-feira os militares venezuelanos a aceitarem a anistia oferecida pelo líder opositor Juan Guaidó ou, caso contrário, "perderão tudo".

Trump disse que funcionários públicos e militares venezuelanos ainda fiéis ao governo chavista podem optar entre a "generosa oferta de anistia de Guaidó (...), ou podem escolher o segundo caminho: continuar apoiando (o presidente Nicolás) Maduro. Se elegerem este caminho, não encontrarão um refúgio, não haverá uma saída fácil. Perderão tudo".

Em comício realizado em Miami, o líder americano pediu que os integrantes do governo de Nicolás Maduro deem fim ao "pesadelo político" vivido na Venezuela e libertem o povo do país, além de fazer apelos para que as Forças Armadas venezuelanas não bloqueiem a ajuda humanitária endereçada à população do país e não obstruam protestos pacíficos feitos contra Maduro.

Durante o comício, estiveram presentes lideranças do Partido Republicano, como os senadores Marco Rubio e Rick Scott, ambos representantes da Flórida. O discurso também contou com diversos venezuelanos que moram nos EUA e serviu de palanque para Trump atacar o "socialismo" da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua. O presidente americano se referiu a Maduro como um "fantoche" de Havana e disse que o líder venezuelano "deu petróleo para Cuba em troca de uma política de Estado direto de Havana e de proteção para ele". Nesse sentido, Trump pediu para que as Forças Armadas da Venezuela deixem de apoiar Maduro para não colocarem em jogo "o futuro do país".

O comício também serviu para que o presidente dos EUA endossasse o opositor Juan Guaidó, que se autointitulou presidente interino da Venezuela no mês passado. "Fico orgulhoso por termos sido os primeiros a reconhecer a presidência de Guaidó", disse Trump, comemorando os 30 minutos de diferença entre o reconhecimento dos EUA e a autoproclamação do opositor de Maduro à presidência. De acordo com o líder americano, os venezuelanos estão ao lado da democracia e, por isso, desejam que Guaidó continue a comandar o país com a intenção de combater os efeitos econômicos da era Maduro. Trump citou, em seu discurso, a hiperinflação de 1 milhão por cento e o aumento da pobreza no país sul-americano

Além disso, Trump, que deu início à corrida pela reeleição na semana passada, aproveitou o evento para fazer um discurso "contra o socialismo". Na avaliação do número 1 da Casa Branca, os EUA nunca serão um país socialista, "apesar de alguns defenderem essa prática". De acordo com Trump, o socialismo "é uma triste ideologia que dá espaço à tirania, sempre volta aos capítulos obscuros do passado, só entrega ódio em vez de unidade e se trata do poder para a classe dominante". O líder americano também afirmou que é por isso que o socialismo está "morrendo" na Venezuela e no Hemisfério Ocidental, enquanto "liberdade, prosperidade e democracia estão renascendo".

* Com informações do Estadão Conteúdo

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