Líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, ao centro, com os presidentes do Paraguai, Mario Abdo Benítez,  da Colômbia, Ivan Duque, e do Chile, Sebastian Piñera, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos Luis Almagro (L) - Raul Arboleda/ AFP
Líder da oposição venezuelana Juan Guaidó, ao centro, com os presidentes do Paraguai, Mario Abdo Benítez, da Colômbia, Ivan Duque, e do Chile, Sebastian Piñera, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos Luis Almagro (L)Raul Arboleda/ AFP
Por AFP

Bogotá - O opositor Juan Guaidó e seus aliados, com o governo dos Estados Unidos à frente, definem nesta segunda-feira em Bogotá as próximas ações para forçar a saída de Nicolás Maduro do poder, que poderiam incluir o uso da força após a tentativa frustrada de levar ajuda a Venezuela.

Reconhecido por 50 países como presidente encarregado da Venezuela, Guaidó e o vice-presidente americano Mike Pence participarão no encontro crucial do Grupo de Lima, uma aliança de 13 Estados latino-americanos e o Canadá.

A reunião deve começar às 9h locais, 11h de Brasília, e uma entrevista coletiva dos chanceleres está prevista para 13h, 15h em Brasília.

Guaidó, presidente do Parlamento venezuelano que está na Colômbia desde sexta-feira, pediu que todas as opções permaneçam abertas contra Maduro depois da frustrada operação do fim de semana que pretendia levar ajuda básica aos venezuelanos afetados pela escassez de alimentos e remédios, que provocou distúrbios violentos.

Os caminhões com a assistência doada principalmente pelos Estados Unidos tiveram que recuar e voltar para a cidade fronteiriça de Cúcuta ante o bloqueio das forças chavistas.

Duas pessoas morreram e centenas ficaram feridas nos limites da Venezuela com a Colômbia e o Brasil. Durante os distúrbios, dois caminhões com insumos foram incendiados.

"Vimos um crime sem precedentes", declarou Guaidó ao chegar no domingo a Bogotá, enquanto o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que os dias de Maduro "estão contados".

O governo venezuelano, que fez alertas sobre eventuais planos dos Estados Unidos para iniciar uma invasão militar com o pretexto da ajuda humanitária, celebrou no domingo o fracasso da operação em um comício liderado pelo poderoso dirigente chavista Diosdado Cabello.

Em meio à violência na fronteira, ganha a força a opção radical contra Maduro, que tem o apoio da Rússia e de Cuba.

"Vamos apresentar posições firmes que signifiquem uma escalada em medidas diplomáticas, políticas e de uso da força", afirmou o parlamentar Julio Borges, que faz a ligação de Guaidó com o Grupo de Lima.

A Colômbia pretende reforçar a figura de Guaidó e sus alternativas para a saída de Maduro, que por sua vez está cada vez mais atrelado aos militares.

O Grupo de Lima se reuniu pela última vez em 4 de fevereiro em Ottawa. Na ocasião, 11 países pediram uma mudança pacífica de governo, ao mesmo tempo que solicitaram aos militares que reconhecessem Guaidó e permitissem a entrada de ajuda.

Três integrantes do Grupo de Lima - México, Guiana e Santa Lúcia - não reconhecem Guaidó.

Você pode gostar
Comentários