Venezuelanos confrontam guardas nacionais na Ponte Simon Bolivar, em Cucuta, na Colombia, e pedem que eles deixem a ajuda humanitária passar  - AFP
Venezuelanos confrontam guardas nacionais na Ponte Simon Bolivar, em Cucuta, na Colombia, e pedem que eles deixem a ajuda humanitária passar AFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Caracas - Com manifestações marcadas para diferentes regiões da capital venezuelana, governo e oposição medem forças nas ruas neste sábado, em meio à uma escalada das tensões na Venezuela, após a crise energética e a decisão da Assembleia Nacional Constituinte de retirar a imunidade do líder da oposição Juan Guaidó.

Pequenos grupos de apoiadores de Guaidó se reúnem em pontos de concentração na capital, carregando bandeiras venezuelanas e segurando cartazes pedindo liberdade. De outros três pontos no centro e oeste de Caracas partirão as mobilizações oficiais que culminarão nos arredores do palácio do governo, onde haverá uma concentração na qual se espera a participação de Maduro.

"Nos vemos nas ruas para exigir a cessação das trevas e da usurpação", disse Guaidó neste sábado, em sua conta no Twitter, ao conclamar seus apoiadores a se juntar à manifestação contra falhas no fornecimento de água e energia, registrados desde o mês passado em Caracas e outras cidades do interior.

Guaidó, que foi reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de cinquenta países, também pediu às forças armadas que não permita que grupos civis armados ataquem a população nos protestos.

Após o apagão nacional de 7 de março, que deixou a maioria dos estados sem luz por quatro dias, os serviços de eletricidade e água têm registrado falhas recorrentes que provocaram protestos na capital e em várias cidades do interior.

O governo atribuiu as falhas a um plano de sabotagem dirigido pela oposição com o apoio dos Estados Unidos. Analistas e opositores argumentam que a crise nos serviços se deve à falta de investimento e manutenção nas instalações, bem como à falta de pessoal especializado, porque muitos dos empregados das empresas estatais de eletricidade e água imigraram devido à crise econômica e social que atingiu o país.

"Continuamos o trabalho permanente para estabilizar, normalizar e proteger a oferta de serviços públicos", disse Maduro em sua conta no Twitter na última terça-feira, conclamando os venezuelanos a continuarem juntos em "batalha e resistência".

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