Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante cerimônia de oferenda floral, no Hall da Memória Localizado no Yad Vashem, no Centro Mundial de Memória do Holocausto - Alan Santos/PR
Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante cerimônia de oferenda floral, no Hall da Memória Localizado no Yad Vashem, no Centro Mundial de Memória do HolocaustoAlan Santos/PR
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta às autoridades de Israel no sábado com o objetivo de rever sua declaração sobre o Holocausto. No documento, ele afirma que as interpretações errôneas só interessariam a quem deseja afastá-lo "dos amigos judeus".

A carta foi enviada após o presidente de Israel, Reuven Rivlin, usar o Twitter no sábado para rebater a fala do brasileiro. "Nós sempre iremos nos opor a aqueles que negam a verdade ou aos que desejam expurgar nossa memória. Nem indivíduos ou grupos, nem líderes de partidos ou premiês. Nós nunca vamos perdoar nem esquecer", escreveu. 

A fala de Bolsonaro ocorreu durante encontro com evangélicos no Rio de Janeiro na quinta-feira. Ele disse que "nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer" o extermínio em massa de judeus durante a 2ª Guerra. O Museu do Holocausto disse que "ninguém está em posição de determinar se os crimes do Holocausto podem ser perdoados".

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) usou sua conta no Twitter neste domingo, 14, para esclarecer a mensagem do pai. Ele publicou a foto de uma página em branco em que consta uma frase escrita à mão e assinada pelo presidente: "Quem esquece seu passado está condenado a não ter futuro". Segundo Carlos, a foto foi tirada pelo embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley. Também no Twitter, ele atacou a mídia ao dizer que a verdadeira mensagem deixada por seu pai no Museu do Holocausto "você não verá na imprensa desinformada". 

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