Venezuelanos se protegem durante confrontos com as forças de segurança em Caracas - Yuri Cortez/ AFP
Venezuelanos se protegem durante confrontos com as forças de segurança em CaracasYuri Cortez/ AFP
Por O Dia

Rio - Diante da declaração do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que convocou população para protesto e disse que grupo de militares se voltaram contra Maduro, algumas autoridades e chefes de Estado começam a se posicionar. O governo venezuelano nega insurgência militar e diz que houve um 'pequeno grupo de militares traidores'.

Confira os posicionamentos:

Estados Unidos     

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, expressou nesta terça-feira o "completo apoio" de seu país ao povo venezuelano "em sua busca pela liberdade e a democracia", depois que o líder opositor Juan Guaidó anunciou a rebelião de um grupo de militares.

"A democracia não pode ser derrotada", afirmou o secretário de Estado, que celebrou o início da "Operação Liberdade".

Brasil

O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião nesta terça-feira com os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e da Defesa, Fernando Azevedo, para tratar da situação da Venezuela. A informação é do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que também participará do encontro, marcado para as 12h30, no Palácio do Planalto. Segundo Mourão, representantes do GSI e da Defesa vão "passar as informações que eles têm" sobre o assunto.

Cuba

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, rejeitou nesta terça-feira a revolta de um grupo de militares contra seu aliado socialista, o presidente venezuelano Nicolás Maduro, ao qual reiterou seu "firme apoio".

"Rejeitamos este movimento golpista que pretende encher o país de violência", escreveu o governante cubano no Twitter.

"Os traidores que colocaram à frente deste movimento subversivo, utilizaram tropas e policiais com armas de guerra em uma via pública da cidade para criar ansiedade e terror", completou.

O chanceler cubano Bruno Rodríguez reiterou o "firme apoio e solidariedade de Cuba" ao presidente Maduro, "a seu governo e ao povo bolivariano e chavista", e pediu o fim das agressões.

Colômbia

O presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu aos militares da Venezuela que se unam ao líder opositor Juan Guaidó,.

"Pedimos aos militares e ao povo da #Venezuela para que fiquem do lado correto da história, rejeitando a ditadura e usurpação de Maduro", escreveu Duque no Twitter.

México

O governo mexicano "manifesta sua preocupação com a possível escalada de violência e derramamento de sangue que pode ocorrer", disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado, reiterando seu desejo de encontrar "uma solução pacífica, democrática e mediante o diálogo para essa crise", indicando que está em contato com 16 países que compõem o Mecanismo de Montevidéu para a busca de uma rota comum.

Espanha

O governo da Espanha pediu nesta terça-feira para evitar "um derramamento de sangue". "Desejamos com todas as nossas forças que não acontece um derramamento de sangue", afirmou Isabel Celáa, porta-voz do governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez, que em fevereiro reconheceu Guaidó como presidente encarregado do país.

A porta-voz insistiu na necessidade de uma "convocação imediata de eleições presidenciais" e de um "processo democrático pacífico".

"A solução para a Venezuela tem que vir da mão de um movimento pacífico, de eleições democráticas. Portanto, a Espanha não respalda nenhum golpe militar", completou.

Reino Unido

O governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, que também reconhece a presidência interina de Guaidó, pediu uma "solução pacífica" para a crise.

"Nosso foco está numa resolução pacífica da crise e na restauração da democracia venezuelana. Os venezuelanos merecem um futuro melhor, eles sofreram o suficiente e o regime de Maduro deve acabar", disse o porta-voz de May.

Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, condenou "a tentativa de golpe na Venezuela". "Condenamos fortemente a tentativa de golpe na #Venezuela, pela direita que é submissa aos interesses estrangeiros", escreveu Morales, um aliado político do presidente venezuelano Nicolás Maduro, em sua conta no Twitter.

Morales também escreveu: "estamos certos de que a brava Revolução Bolivariana à frente do irmão @NicolasMaduro, será imposta a este novo ataque do império", como costuma evocar em vários discursos referindo-se aos Estados Unidos.

 

Chile

"Reiteramos nosso total apoio ao Pdte Guaidó e à democracia na Venezuela. A ditadura de Maduro deve terminar pela força pacífica, e dentro da Constituição, do povo venezuelano. Assim serão restabelecidas as liberdades, a democracia, os direitos Humanos e o progresso na #Venezuela", tuitou o presidente chileno, Sebastián Piñera.

Grupo de Lima 

O governo colombiano convocou uma reunião de emergência do grupo de 14 países que se opõe a Maduro e em apoio a Guaidó em busca de uma "solução pacífica" para a crise venezuelana.

"Apoiamos plenamente o presidente interino @jguaido em sua luta para recuperar a democracia na Venezuela. O regime usurpador e ditatorial de (Nicolás) Maduro deve chegar ao fim", disse a chancelaria do Peru, país que promove o bloco, logo após a solicitação da Colômbia.

Luis Almagro, OEA  

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, um dos primeiros a tornar público o seu apoio a Guiadó, escreveu no Twitter: "Saudamos a adesão dos militares à Constituição e ao Presidente encarregado da #Venezuela @jguaido. É necessário o pleno apoio ao processo de transição democrática de forma pacífica".

*Com AFP

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