Manifestantes indonésios queimam barracas de madeira durante uma manifestação, após resultados eleitorais - Dany Krisnadhi/ AFP
Manifestantes indonésios queimam barracas de madeira durante uma manifestação, após resultados eleitoraisDany Krisnadhi/ AFP
Por AFP
Jacarta - Ao menos seis pessoas morreram nesta quarta-feira em confrontos entre a polícia e manifestantes contrários ao governo da Indonésia em Jacarta. A capital está sob forte esquema de segurança no dia seguinte ao anúncio dos resultados das eleições presidenciais.

O chefe da Polícia, Tito Karnavian, disse que algumas das vítimas foram baleadas, outras golpeadas, mas a situação ainda precisa ser esclarecida.
Manifestantes entram em confronto com a polícia em Jacarta - Adek Berry/ AFP
Karnavian disse que a polícia não usou munição de verdade contra os manifestantes, que não aceitaram a derrota de Prabowo Subianto , que contestam a derrota para o atual presidente Joko Wibodo.
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Manifestantes arremessam pedras em confronto com a polícia em Jacarta - Adek Berry/ AFP
A polícia prendeu 70 manifestantes, segundo fontes da segurança, que atribuíram os confrontos na capital indonésia a "agitadores".

O governador de Jacarta, Anies Basdew, falou esta manhã em 200 feridos desde o início dos confrontos, em vários pontos de Jacarta.
Pelo menos seis pessoas morreram quando a capital da Indonésia explodiu em 22 de maio - Adek Berry/ AFP
A polícia de choque usou gás lacrimogêneo e canhões de gás para dispersar os manifestantes, que atiraram pedras e foguetes contra as forças de segurança.
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Foto aérea mostra manifestantes reunidos para protestar contra a vitória do presidente indonésio Joko Widodo na recente eleição em Jacarta em 22 de maio de 2019 - Bagus Saragih / AFP
Outros manifestantes queimaram uma dúzia de carros e algumas bancas de comerciantes, segundo fotógrafos da AFP.
Os manifestantes lançaram pedras contra a polícia durante um confronto em Jacarta - Adek Berry/ AFP
As autoridades fecharam uma importante estação de trem e várias estradas que dão acesso ao distrito onde estão localizados a comissão eleitoral e o órgão de supervisão eleitoral (Bawaslu) foram bloqueadas.
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Policial indonésio verifica um ônibus queimado durante uma manifestação violenta - Bay Ismoyo/ AFP
Escolas, shoppings e algumas empresas também fecharam nesta quarta-feira por precaução.

Alguns partidários do candidato da oposição se recusam a reconhecer sua derrota e acusam as instituições encarregadas de organizar as eleições de fraude.

"Tenho que defender a soberania da República da Indonésia. Houveram fraudes maciças nessas eleições", disse Puji Astuti, um manifestante de 42 anos, à AFP.
A polícia indonésia disparou gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes no centro de Jacarta - Bay Ismoyo/ AFP
Como aconteceu durante toda a campanha eleitoral, notícias falsas circularam nas redes sociais. Uma fotografia amplamente compartilhada mostrava membros das forças de segurança com olhos puxados e um comentário que dizia que eles eram "policiais chineses" que não hesitariam em atirar em manifestantes, mesmo em mesquitas.

"Dizem que os agentes da polícia móvel são estrangeiros porque têm olhos puxados. Mas isso não é verdade, eles são indonésios", assegurou o porta-voz.
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Polícia dispersa a multidão que protesta em Jacarta - Bay Ismoyo/ AFP
Vários aliados do candidato perdedor foram presos como, por exemplo, o comandante das forças especiais que tentou fornecer armas aos manifestantes, segundo o governo.

As autoridades mobilizaram mais de 30 mil policiais em Jacarta antes do anúncio oficial dos resultados de uma eleição altamente acirrada.
Polícia indonésia toma posição para dispersar a multidão durante uma manifestação violenta que ocorre em Jacarta - Bay Ismoyo/ AFP
Segundo a recontagem eleitoral anunciada na terça, o presidente Joko Widodo, apelidado de "Jokowi", obteve 55,5% dos votos, contra 44,5% para o ex-general Prabowo Subianto.
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Carros foram queimados durante uma manifestação contrária ao presidente Joko Widodo, que foi reeleito - Bay Ismoyo/ AFP
Este último contesta os resultados e denuncia casos de fraude, não confirmados pelo órgão de supervisão eleitoral ou por observadores independentes.