À esquerda, Adriane Krueger e Jonathas Nascimento Krueger. À direita, Debora Muniz, Fabiano de Souza e os filhos Caroline e Felipe. - FOTOS DO ARQUIVO PESSOAL
À esquerda, Adriane Krueger e Jonathas Nascimento Krueger. À direita, Debora Muniz, Fabiano de Souza e os filhos Caroline e Felipe.FOTOS DO ARQUIVO PESSOAL
Por O Dia
Santiago,  Chile - Uma das vítimas do vazamento de gás que provocou a morte de seis turistas brasileiros intoxicados com monóxido de carbono na última quarta-feira, completaria 15 anos de idade hoje. O caso ocorreu em Santiago, no Chile, enquanto as pessoas da mesma família passavam férias na cidade e morreram pela inalação do gás.
Quatro das vítimas são da cidade de Biguaçu, em Florianópolis (SC). Um casal, formado pelo irmão e a cunhada da mãe da outra família, morava em Hortolândia, no interior de São Paulo.
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O grupo estava em Santiago para comemorar o aniversário de Caroline, uma das adolescentes, e viajava há uma semana pela capital chilena. Pouco antes da tragédia, a família foi notificada sobre a morte da avó paterna dos menores em decorrência de um câncer. Por isso, eles tentavam antecipar a volta ao Brasil.
A identidade das vítimas foi confirmada por familiares em postagens nas redes sociais, são eles: Adriane Kruger e Jonathas Nascimento Kruger, que eram casados; Debora Muniz e Fabiano de Souza, que também eram casados e pais das outras duas vítimas, Caroline, que completaria 15 nesta sexta-feira, e Felipe, de 13.
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Caroline vivia com os seus pais em Biguaçu, na região metropolitana de Florianópolis. Em nota, a prefeitura do município decretou luto oficial por três dias, "devido à comoção pública vivida em toda cidade após o ocorrido". Uma vaquinha foi criada na internet para arrecadar R$100 mil para o traslado e o sepultamento dos corpos das vítimas.

COMOÇÃO NO CHILE
Um dia antes do trágico acidente, uma das vítimas postou foto em redes sociais. Depois do acidente, uma usuária comentou: "O Chile ficou muito comovido com essa triste notícia".
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A família de quatro adultos e dois adolescentes havia alugado o apartamento por meio da plataforma Airbnb. Os turistas conseguiram alertar seus familiares quando começaram a se sentir mal devido. Os parentes então alertaram o Consulado do Brasil em Santiago. Quando os funcionários brasileiros chegaram ao local junto com a polícia encontraram todos mortos.
Quando a polícia chegou ao apartamento, notou que todas as janelas estavam fechadas, o que pode ter provocado a grande concentração de gás. Segundo o segundo comandante do Corpo de Bombeiros de Santiago, Diego Velásquez, não está descartada a hipótese de que as mortes estejam relacionadas com o tipo de calefação usada nos apartamentos. Na noite de quarta, bombeiros buscavam possíveis escapamentos de gás no local.
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O Consulado-Geral do Brasil em Santiago informou que acompanha o caso e presta apoio para os trâmites necessários à liberação e ao traslado dos corpos, assim como os procedimentos investigativos pelas autoridades chilenas.

Apartamento alugado não possuía certificação

O apartamento alugado pela família por meio do aplicativo Airbnb lança algumas dúvidas sobre a forma de operar desta plataforma de locação de residências particulares.
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Em comunicado recebido pela AFP, o aplicativo destacou que, apesar de a segurança ser prioridade, são os "anfitriões que devem certificar que seguem as leis e regulações locais". Informou que colabora com as investigações.
A empresa informou ainda ter um programa que entrega detectores de fumaça e monóxido de carbono de maneira gratuita aos anfitriões que pedirem.
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A Superintendência de Eletricidade e Combustível (SEC) confirmou à AFP que o prédio onde aconteceu o acidente - perto do centro de Santiago - não contava com um selo verde. A certificação é concedida quando as instalações de gás funcionam corretamente.