Jair Bolsonaro - Eduardo Carmim/Parceiro/Agência O Dia
Jair BolsonaroEduardo Carmim/Parceiro/Agência O Dia
Por O Dia
Rio - O mundo inteiro está repercutindo a notícia de que um militar, integrante da comitiva do presidente Jair Bolsonaro para a cúpula do G-20, no Japão, foi preso com 39kg de cocaína ao desembarcar de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) na Espanha.
O jornal francês Le Monde chamou o caso de "Aerococa", em referência a como o caso foi tratado no Twitter. "Bolsonaro abalado pelo caso "Aerococa", depois que 39 kg de cocaína foram encontrados em um avião oficial", escreveu o jornal em sua manchete. Ele também classificou o presidente brasileiro como um "líder de extrema-direita" e afirmou que, "envergonhado", Bolsonaro "tentou salvar a imagens do exército" com uma postagem em suas redes sociais.
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Para o jornal inglês Financial Times, o episódio coloca o presidente "sob pressão". "Cocaína na Espanha coloca Bolsonaro sob pressão", noticiou. O veículo lembrou que o caso ocorreu no mesmo dia em que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, estava nos Estados Unidos visitando uma agência antidrogas. 
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O também inglês The Guardian, por sua vez, classificou o caso como "tráfico de drogas", logo em seu título. "Membro da Aeronáutica (que viajava) com delegação do Brasil no G20 é detido por tráfico de drogas", escreveu. Já a rede americana CNN escreveu que "Oficial viajando com o presidente brasileiro Bolsonaro é detido com 39 quilos de cocaína".
"Detido em Sevilha um militar da comitiva de Jair Bolsonaro com 39kg de cocaína", foi o título da notícia do espanhol El País. O jornal lembrou também que "não foi a primeira vez que membros da Força Aérea Brasileira usam sua condição de militares para traficar drogas", e citou um em que, em abril, o Superior Tribunal Militar (STM) determinou a expulsão de um tenente-coronel que transportava 33 quilos de cocaína, também em um avião da FAB.