Publicado 21/06/2019 16:18 | Atualizado 21/06/2019 16:19
Rio - Uma equipe de economistas fez um experimento e distribuiu 17 mil carteiras em 40 países. A maioria das pessoas devolveu as carteiras e foram mais propensos a fazê-lo quanto mais dinheiro estivesse perdido. Os brasileiros ficaram próximos da média mundial na pesquisa divulgada pela revista Science.
As descobertas desafiaram as expectativas de economistas profissionais que previram que as pessoas agiriam de acordo com seus próprios interesses.
Os assistentes de pesquisa se apresentavam como pessoas que haviam encontrado carteiras, deixando-as apressadamente em lugares públicos, incluindo bancos, teatros, museus e delegacias de polícia. A maioria das experiências ocorria nas grandes cidades com 400 observações em cada país.
As descobertas desafiaram as expectativas de economistas profissionais que previram que as pessoas agiriam de acordo com seus próprios interesses.
Os assistentes de pesquisa se apresentavam como pessoas que haviam encontrado carteiras, deixando-as apressadamente em lugares públicos, incluindo bancos, teatros, museus e delegacias de polícia. A maioria das experiências ocorria nas grandes cidades com 400 observações em cada país.
Algumas das carteiras não continham dinheiro, outras, uma quantia pequena e um terceiro grupo foi exposto a quantias maiores de dinheiro, juntamente com uma lista de compras e cartões de visita com um número de telefone e e-mail para o "dono". A quantia de dinheiro foi adaptada para igualar o poder de compra nos diferentes países. O custo total do projeto foi de cerca de £ 472.000 ($ 600.000).
No geral, 51% dos que receberam uma carteira com a menor quantia de dinheiro devolveram, em comparação com 40% dos que entregaram uma carteira vazia. Quando a carteira continha uma grande soma de dinheiro, a taxa de retorno foi de 72%.
As taxas de retorno variaram muito entre os países. Dinamarqueses, suecos e neozelandeses foram os mais honestos quando as carteiras continham quantias maiores. Na China, Peru, Cazaquistão e Quênia, em média, apenas 8-20% das carteiras foram devolvidas aos seus proprietários.
Houve algumas não-devoluções surpreendentes: as carteiras deixadas no Vaticano e em dois escritórios anticorrupção estão entre os que não tentaram devolver o bem para os legítimos proprietários.
Quase universalmente, no entanto, as carteiras com conteúdo mais valioso eram mais propensas a serem devolvidas. Os únicos outliers (fora da curva) foram Peru e México, embora esses resultados não tenham sido estatisticamente significativos.
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