O escritor Bill Kaysing é conhecido como o "pai" desta teoria conspiratória. Em 1976, ele publicou o livro We Never Went to the Moon: America's Tirty Billion Dollar Swindle (Nós nunca fomos à Lua: A Fraude Americana de 30 bilhões de dólares, em tradução livre). Kaysing era veterano da Marinha norte-americana e depois trabalhou como técnico na Rocketdyne, empresa que forneceu motores para o foguete Saturno V, utilizado na missão Apollo 11.
O livro, no entanto, ganhou enorme tração nos Estados Unidos e, posteriormente, em todo o mundo. Grupos conspiracionistas e pessoas com baixo nível de educação foram os mais suscetíveis à teoria de Kaysing, que afirmava que o governo norte-americano, junto com agências como a CIA e o FBI, foi responsável por encenar o pouso na Lua.
De acordo com Kaysing , o foguete Saturn V realmente decolou, mas ficou orbitando a Terra durante os dias que a missão estaria ocorrendo. Enquanto isso, a NASA teria montado um estúdio no meio de um deserto nos Estados Unidos para encenar a chegada à Lua.
O escritor citou alguns motivos, que ele chamou do provas, do por quê a situação foi encenada:
- A fato da bandeira norte-americana ter tremulado no espaço
- A ausência de estrelas
- A ausência de uma câmera fotográfica nas mãos de Aldrin em uma imagem que ele aparece refletido no capacete de Armstrong
- O fato do foguete não ter aberto um buraco no solo lunar
- Todos os argumentos, no entanto, foram facilmente refutados pela comunidade cientifíca, como o fato dos astronautas terem esbarrado no mastro que levava a flâmula ou o fato da aterrissagem ter sido feita de maneira extremamente suave para não comprometer o foguete.
Apesar da falta de provas, o livro de Kaysing deu origem a um enorme movimento de pessoas que negam a chegada no homem à Lua. Até sua morte, em 2005, aos 82 anos, o autor seguiu como um dos líderes do grupo conspiracionista.
Ao longo dos anos, a teoria ganhou mais detalhes, cada vez mais absurdos. Kaysing defendeu que a NASA foi responsável pela acidente com o foguete Challenger. De acordo com o autor, os astronautas daquela missão teriam descoberto que a missão Apollo foi uma farsa e iriam testemunhas contra a agência.
A suposta participação do renomado cineasta Stanley Kubrick também foi ventilada pelos grupos e, até hoje, é uma das mais seguidas. Após trabalhar em "2001: Uma Odisseia no Espaço", o diretor teria sido convidado pelo governo norte-americano para ajudar na suposta encenação.
Apesar da linha de argumentação ter sido refutada, pesquisas mostram que ainda existem muitos negacionistas do pouso do na Lua . De acordo com levantamentos, pelo menos 6% dos norte-americanos acreditam que a missão é uma farsa. Entre os britânicos, o número é de 25% e entre os russos, 28%.