Por REVISTA PLANETA

Uma pesquisa quantificou, pela primeira vez, quantas árvores novas poderiam ser plantadas na Terra e quanto carbono elas poderiam absorver da atmosfera.

Segundo o estudo, com exceção de árvores já existentes e áreas agrícolas e urbanas, os ecossistemas da Terra poderiam suportar mais 0,9 bilhão de hectares de cobertura arbórea, quase que equivalente ao território dos Estados Unidos.

Uma vez crescidas, essas árvores poderiam sequestrar mais de 200 Gigatons de carbono. Isso equivale a dois terços das emissões de carbono produzidas pelo homem.

De acordo com o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), seriam necessários 1 bilhão de hectares de floresta nova para limitar o aquecimento global a 1,5 grau até 2050.

O estudo, liderado pela universidade ETH-Zürich, na Suíça, mostra que seria possível atingir um número bem próximo a esse. “Todos nós sabíamos que a restauração das florestas poderia desempenhar um papel no combate às mudanças climáticas, mas não tínhamos conhecimento científico do impacto que isso poderia causar”, disse o co-autor do estudo, Thomas Crowther, da ETH-Zürich, em comunicado oficial.

“Nosso estudo mostra claramente que a restauração florestal é a melhor solução disponível atualmente”, afirma Crowther.

Para alcançar este resultado, os pesquisadores usaram um conjunto de dados de observações florestais globais abrangendo quase 80 mil florestas, combinado com o software de mapeamento do Google Earth Engine, que usaram para mapear árvores em potencial e gerar um modelo preditivo.

O trabalho também tem participação do brasileiro Marcelo Rezende, pesquisador da Organização para a Agricultura e Alimentação da Organização das Nações Unidas (ONU).

A pesquisa foi publicada na revista Science de 5 de julho.

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