Donald Trump - Nicholas Kamm / AFP
Donald TrumpNicholas Kamm / AFP
Por AFP
EUA - Estados Unidos e Guatemala firmaram, nesta sexta-feira, um "acordo de asilo" para emigrantes, anunciou a Casa Branca, após o presidente Donald Trump ameaçar o país centro-americano com a imposição de tarifas. A porta-voz da Casa Branca informou que a partir de agora a Guatemala será considerada um "Terceiro País Seguro", onde os emigrantes poderão fazer seu pedido de asilo.
Segundo Trump, o acordo – que foi firmado no Salão Oval da Casa Branca com o ministro do Interior da Guatemala, Enrique Degenhart – "vai dar segurança aos solicitantes de asilo legítimos e impedirá fraudes e abusos no sistema de asilo".  
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"Há muito tempo que trabalhamos com a Guatemala e agora poderemos fazê-lo da maneira correta", disse o presidente.
Trump tinha previsto receber o presidente guatemalteco, Jimmy Morales, no dia 15 de julho, mas horas antes da visita a Corte Constitucional do país advertiu que qualquer acordo para tornar a Guatemala um "Terceiro País Seguro" deveria ser aprovado pelo Congresso, o que levou ao cancelamento do encontro.
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Após o incidente, Trump ameaçou a Guatemala com tarifas sobre suas exportações e taxar as remessas de dinheiro dos EUA para o país centro-americano.
Os dois candidatos que decidirão no dia 11 de agosto quem será o sucessor de Jimmy Morales rejeitaram o acordo com os Estados Unidos.
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A social democrata Sandra Torres e o conservador Alejandro Giammattei criticaram a decisão de Morales, que ignorou uma resolução da suprema corte sobre a ilegalidade do acordo.
"Devo me pronunciar contra o documento firmado sem a devida divulgação do conteúdo à população de #Guatemala", tuitou Giammattei, que qualificou a decisão de "irresponsabilidade por parte do presidente Jimmy Morales".
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Torres declarou que o presidente "segue mentindo, enganou o presidente (da Argentina, Mauricio) Macri e agora enganou Trump", em referência a fracassada compra de dois aviões de uma empresa estatal argentina em 3 de julho.
"Estamos perdendo o país nas mãos de um presidente irresponsável", concluiu Torres.