A Polícia Metropolitana disse na sexta-feira que várias pessoas ficaram feridas e um homem foi preso depois de uma facada perto da ponte de Londres, no centro da capital britânica - AFP
A Polícia Metropolitana disse na sexta-feira que várias pessoas ficaram feridas e um homem foi preso depois de uma facada perto da ponte de Londres, no centro da capital britânicaAFP
Por AFP
Londres - Várias pessoas foram feridas a facadas nesta sexta-feira em Londres, algumas seriamente, em um ataque "terrorista" na London Bridge, a ponte no centro da capital onde um ataque já havia ocorrido em 2017, e o agressor foi morto a tiros pela polícia.

"Posso confirmar que (o ataque) foi declarado um ato terrorista", afirmou à imprensa Neil Basu, chefe da polícia antiterrorista.

"O suspeito, um homem, foi baleado pelos oficiais armados especializados da City. Posso confirmar que o suspeito morreu no local", acrescentou. Ele carregava um dispositivo explosivo falso.
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A polícia informou que foi alertada às 13h58 (10h58 de Brasília) de um ataque com arma branca próximo à London Bridge, no centro da capital britânica. A ponte e a área circundante, onde estão localizados muitos escritórios e bares, foram isolados e a rodoviária foi fechada.

Imagens que circulam no Twitter mostram policiais armados apontando sua arma para uma pessoa no chão.

"Vi um homem cair no chão, com uma faca ao seu lado" depois de "vários tiros", relatou à AFP um homem que trabalha num escritório em frente à ponte.

Ele viu uma dúzia de policiais e vários cães para neutralizar o suspeito.

Um vídeo que ele gravou do seu local de trabalho às 14h30, visto pela AFP, mostra uma pessoa sendo carregada em uma maca e outra, ferida no ombro, acompanhada por paramédicos.

Permaneceremos unidos
Várias pessoas ficaram feridas, algumas delas "seriamente", disse o prefeito de Londres, Sadiq Khan, a repórteres.

"Vamos permanecer unidos e determinados diante do terrorismo. E aqueles que procuram nos atacar e dividir nunca terão sucesso", continuou ele, pedindo aos londrinos "vigilância".

No Twitter, o primeiro-ministro Boris Johnson lamentou "um evento terrível" e dirigiu "todos os seus pensamentos às vítimas e suas famílias". Ele elogiou "a imensa coragem" dos serviços de emergência e do público.

Segundo seu porta-voz, o líder conservador deixou seu distrito eleitoral no oeste de Londres para ser informado sobre a investigação.

O ataque acontece poucos dias antes da reunião de cúpula da Otan, na terça e quarta-feira da próxima semana em Londres, e que reunirá vários chefes de Estado, incluindo Donald Trump e Emmanuel Macron, e faltando duas semanas para as eleições legislativas de 12 de dezembro.

Nível de alerta reduzido 
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Como vários outros usuários do Twitter, um jornalista da BBC disse que ouviu tiros e viu um homem sendo jogado no chão pela polícia quando atravessava a ponte.

"Parecia haver uma briga do outro lado da ponte, com vários homens atacando um homem", contou o jornalista John McManus à BBC. "A polícia chegou rapidamente, incluindo policiais armados, e vários tiros foram disparados contra esse homem".

Em junho de 2017, uma caminhonete atingiu transeuntes na London Bridge, que atravessa o Tâmisa, antes de seus três ocupantes esfaquearem pessoas no Borough Market. O balanço foi de oito mortos e cinquenta feridos.

Foi um dos ataques reivindicados pelo grupo jihadista do Estado Islâmico (EI) que atingiu o Reino Unido naquele ano.

Em março de 2017, um homem jogou seu veículo contra a multidão na ponte de Westminster antes de esfaquear um policial em frente ao Parlamento, matando um total de cinco pessoas.

Dois meses depois, 22 pessoas - incluindo crianças - foram mortas em um ataque no final de um show da Ariana Grande em Manchester.

No início de novembro, o nível de alerta terrorista no Reino Unido foi de "sério" para "substancial", o risco de um ataque agora deve ser considerado "provável" e não "altamente provável", conforme havia anunciado o ministro do Interior Priti Patel.