Nicolás Maduro - AFP
Nicolás MaduroAFP
Por AFP
Caracas - O governo venezuelano acusou neste sábado dois parlamentares de iniciar uma tentativa de golpe contra o presidente Nicolás Maduro, com a suposta cumplicidade do líder da oposição Juan Guaidó.
Segundo o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, o plano seria executado neste domingo e era liderado pelos deputados Fernando Orozco, ex-aliado de Maduro, e Yanet Fermín.
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O objetivo era atacar dois quartéis no estado de Sucre (leste) para que "houvesse rebeliões militares que gerassem confrontos, um banho de sangue (...) e tentasse elevar a imagem de Guaidó na frente de seus proprietários", disse Rodriguez através a estação de televisão do governo, referindo-se aos Estados Unidos.
O governo de Washington lidera um grupo de 50 países que reconhecem Guaidó como presidente interino da Venezuela.
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Rodriguez disse que a justiça emitiu mandados de prisão contra os dois legisladores, enquanto dois policiais foram presos na véspera por suposta conspiração para levar o movimento a Caracas e outras regiões.
Na noite de sexta-feira, agentes da contra-inteligência militar (Dgcim) foram à casa da deputada Fermín, que se recusou a abrir a porta para eles.
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Minutos depois, um grupo de parlamentares liderados por Guaidó, chefe do Legislativo, foi à casa da deputada.
O líder da oposição alegou ter evitado o "sequestro" da congressista, com quem apareceu no sábado em uma entrevista coletiva para denunciar que o governo pretende intimidar os deputados da maioria da oposição para que não o reelejam como chefe da Assembleia Nacional em 5 de janeiro.