Grande maioria dos passageiros do voo da Ucrânia International Airlines eram não ucranianos, incluindo 82 iranianos e 63 canadenses - Akbar Tavakoli/ Irna / AFP
Grande maioria dos passageiros do voo da Ucrânia International Airlines eram não ucranianos, incluindo 82 iranianos e 63 canadensesAkbar Tavakoli/ Irna / AFP
Por iG
Nesta sexta-feira (10), um porta-voz do governo do Irã pediu que os EUA aguardem o resultado das investigações sobre a queda do avião ucraniano, que matou 176 pessoas na última quarta-feira, e parem de fazer alegações mentirosas sobre a possibilidade de um míssil iraniano ter sido responsável pela tragédia, o que foi considerado um "insulto às vítimas".

"Ninguém vai assumir a responsabilidade com uma grande mentira como essa, pois sabemos que essa alegação é fraudulenta", disse Ali Rabiei, em comunicado divulgado pela TV estatal do Irã e reproduzido pela CNN. "É lamentável que o governo norte-americano faça essa guerra psicológica e insultem a memória das vítimas e de seus familiares propagando este tipo de falácia".

Rabiei ressaltou ainda que, de acordo com as leis internacionais, o órgão responsável pela aviação do país em que o acidente aconteceu (Irã), o país que era dono da aeronave (Ucrânia), a empresa que produziu o avião (Boeing) e o país em que as peças foram feitas (França) são os responsáveis e podem participar das investigações da tragédia, e acrescentou que países que perderam algum cidadão na tragédia, como o Canadá, também estão convidados a participar dos esforços para solucionar o caso.

A análise segue o posicionamento de outras autoridades iranianas. Na quinta-feira (9), também em entrevista à TV estatal, o responsável pela Organização da Aviação Civil do Irã, Ali Abedzadeh, disse que os rumores ligando um míssil ao acidente eram "ilógicos".

Mais cedo, fontes no governo norte-americano, que não foram identificadas, afirmaram que os EUA acreditavam na possibilidade de a aeronave ter sido atingida por engano por um míssil lançado pelo Irã.