Moradores de Hong Kong com máscaras de proteção ao novo coronavírus - Anthony Wallace/AFP
Moradores de Hong Kong com máscaras de proteção ao novo coronavírusAnthony Wallace/AFP
Por O Dia
Pequim - As autoridades de Pequim relataram nesta segunda-feira a primeira morte na capital chinesa pelo novo vírus mortal que se espalhou rapidamente por todo o país, matando mais de 80 pessoas e causando alarme global.

A vítima era um homem de 50 anos que visitou a cidade central de Wuhan, o epicentro da epidemia, em 8 de janeiro e desenvolveu febre depois de retornar a Pequim sete dias depois, informou a comissão de saúde da cidade. Ele morreu nesta segunda-feira de insuficiência respiratória.
Prefeito de Wuhan oferece o cargo após admitir demora na informação sobre vírus
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O prefeito de Wuhan, cidade no epicentro do surto do novo tipo de coronavírus na China, colocou o cargo à disposição após críticas sobre falta de transparência na divulgação de informações sobre o surto de coronavírus, informa a mídia chinesa. O secretário do Partido Comunista da China em Wuhan, Ma Guoqiang, também colocou o cargo à disposição.

"Nossos nomes viverão na infâmia, mas se for necessário para o controle da doença e à vida e segurança das pessoas, o camarada Ma Guoqiang e eu assumiremos qualquer responsabilidade", disse Zhou Xianwang.

Em entrevista à emissora de televisão estatal chinesa, Zhou Xianwang admitiu que informações sobre o contágio do vírus não foram divulgadas em tempo hábil. Mas pediu que o público entendesse, já que o governo local só poderia divulgar informações depois de obter autorização do governo central. Zhou disse que suas "mãos estavam atadas" já que regras locais exigiam a aprovação de Pequim antes de divulgar informações confidenciais.

De acordo com a mídia chinesa, o prefeito de Wuhan também afirmou que cerca de 5 milhões de pessoas deixaram Wuhan por causa do Festival de Primavera antes do fechamento da cidade.

Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira que o governo americano está "em comunicação próxima" com a China, diante do surto de coronavírus no país asiático. Segundo ele, há poucos casos reportados em solo americano, mas muita atenção sobre o tema. Trump comentou ainda que ofereceu ajuda à China e ao presidente Xi Jinping para lidar com a questão.

"Nós estamos em comunicação muito próxima com a China em relação ao vírus. Bem poucos casos reportados nos EUA, mas isso está fortemente no radar", escreveu Trump no Twitter. "Nós havíamos oferecido à China e ao presidente Xi qualquer ajuda necessária. Nossos especialistas são extraordinários!", completou.
* Com Estadão Conteúdo e AFP