Ruas em Roma estão vazias até de turistas. Quem precisa se locomover, usa máscaras e luvas - AFP
Ruas em Roma estão vazias até de turistas. Quem precisa se locomover, usa máscaras e luvasAFP
Por MARTHA IMENES
O coronavírus atingiu mais uma pessoa no parlamento espanhol: uma das vice-presidentes da Casa e ex-ministra da Saúde Ana Pastor Julián, de 62 anos, do Partido Popular (PP) informou que seu teste deu positivo para o Covid-19. Em sua conta no Twitter a parlamentar acrescentou que vai ficar em casa conforme orientação médica.

Este é o terceiro caso de um membro da câmara baixa do parlamento espanhol, o Congresso dos Deputados, que está infetado com o novo coronavírus, depois dos casos de Javier Ortega Smith e Carlos Zambrano, do Vox (extrema-direita).

70% das pessoas na Alemanha
E na Alemanha, a chanceler Angela Merkel disse a aliados políticos que até 70% das pessoas no país podem ser infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), segundo o jornal Bild. A Alemanha registra mais de 1.100 casos de pacientes contaminados e duas mortes. "De 60% a 70% das pessoas na Alemanha serão infectadas pelo novo coronavírus”, disse Merkel em uma reunião de seu grupo parlamentar no Bundestag, como é conhecido o parlamento alemão. Segundo o Bild, algumas pessoas presentes relataram que houve silêncio após a afirmação da chanceler.

Merkel ainda não vê necessidade de adotar estímulos econômicos para conter os impactos do surto na economia alemã. Ela defendeu seu ministro da Saúde, Jens Spahn, ao afirmar que ele tem segurado “muito bem” o “principal fardo” da epidemia na Alemanha.

Itália tem 631 mortes
A Itália, segundo país mais afetado pelo coronavírus, tem 631 mortos e 10.149 casos confirmados, segundo dados da OMS divulgados na tarde de ontem. Entre os casos confirmados da doença, a maioria está na região da Lombardia. Mais de 15 milhões de pessoas está confinada em uma medida sem precedentes tomada na Europa para tentar conter a propagação do coronavírus, que já contaminou 118 mil pessoas em todo o mundo.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, elogiou as medidas corajosas tomadas pela Itália, qualificando-as de “verdadeiros sacrifícios”. As entradas e saídas da área estarão estritamente limitadas até 3 de abril, segundo um decreto divulgado pelo governo. A medida afeta uma ampla região do norte da Itália, o coração produtivo do país e que vai de Milão, capital econômica, a Veneza, marco do turismo mundial.