Cemitério de Hart Island, em Nova York - AFP
Cemitério de Hart Island, em Nova YorkAFP
Por O Dia
Rio - A prefeitura de Nova York, atual epicentro da pandemia do coronavírus nos Estados Unidos, está pagando 6 dólares por hora para presidiários cavarem covas coletivas no cemitério na ilha de Hart - uma ilha que funciona como um cemitério público em massa para pobres e indigentes. As informações são do site The Intercept.
Segundo a reportagem, a informação foi confirmada pelo porta-voz do prefeito da cidade, Bill de Blasio, que ressaltou que o serviço é prestado por presidiários há anos e não é "específico para a Covid-19". A matéria apura, contudo, que o valor pago atualmente, de 6 dólares a hora, é muito superior ao que geralmente é pago para o trabalho de detentos. 
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Segundo informações do site Business Inside, o cemitério público da ilha de Hart, mantido com o trabalho dos detentos do presídio de Rilkers, foi apontado como o cemitério que suportaria o maior número de vítimas em um eventual surto pandêmico em Nova York em um plano de contingência feito em 2008 - quando a preocupação era de que a gripe aviária pudesse desencadear uma pandemia.
O plano, elaborado pelo chefe do departamento médico de Nova York em 2008, Charles Hirsch, foi criado com o objetivo de conter uma pandemia com taxa de mortalidade de 2% - um número bem próximo à taxa de mortalidade da Covid-19. Na época, a população de Nova York era de 8,2 milhões de pessoas, e o número de mortos previsto em uma situação dessas era de 51 mil. A população atual de Nova York, segundo o último senso de 2017, é de 8,6 milhões.
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Até o momento, a cidade, centro da pandemia nos EUA, já registrou cerca de 76.000 casos e 1.550 mortes pelo coronavírus. Em todo o país, são 175.067 casos confirmados e 3.415 mortos - um número superior ao da China, onde o surto começou.