Membro da nobreza de Luxemburgo retorna a Cuba depois de 60 anos de exílio e morre de covid-19
Víctor Batista Falla era tio da duquesa Maria Teresa de Luxemburgo, e decidiu viajar de Madri, na Espanha, onde morava, para Cuba, sua terra natal, após seis décadas de exílio
Por AFP
Cuba - Um editor de livros, mecenas e membro da nobreza da família grão-ducal do Luxemburgo morreu aos 87 anos em Cuba de covid-19 no domingo de Páscoa. Víctor Batista Falla era tio da duquesa Maria Teresa de Luxemburgo, e decidiu viajar de Madri, na Espanha, onde morava, para Cuba, sua terra natal, após seis décadas de exílio.
"Com grande tristeza, suas Altezas Reais, o Grão-Duque e a Grã-duquesa, anunciam a morte do Sr. Víctor Batista Falla, tio de Sua Alteza Real, a Grã-Duquesa e último irmão vivo de sua mãe", disse um comunicado da casa real do grão-ducado.
O morador de Madri morreu no domingo no Instituto de Medicina Tropical de Havana (IPK).
Víctor Batista deixou o país um ano depois da Revolução de 1959, estabelecendo-se primeiro nos Estados Unidos e depois na Espanha.
Até o momento, Cuba soma 726 casos confirmados do novo coronavírus, com 21 mortes.
Filho de uma rica família de banqueiros e empresários, Víctor Batista teve desde a infância laços fortes com a vida cultural de Havana. Seu trabalho intelectual foi desenvolvido especialmente fora de Cuba. Em 1960 ele se mudou para Nova York e, mais tarde, para a Espanha. Em Nova York, ele criou a revista Exilio, com a qual circulou o trabalho de destacados escritores cubanos. Estabelecendo raízes em Madri, ele fundou a editora Colibri.