Michael Ryan, da OMS - Reprodução/OMS
Michael Ryan, da OMSReprodução/OMS
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Suíça - Diretor-executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan destacou, nesta sexta-feira, o quadro no Brasil. Questionado sobre sugestão recente do presidente Jair Bolsonaro de que seguidores deveriam entrar em hospitais para verificar a taxa de ocupação, Ryan não comentou a fala do líder, mas voltou a dizer que a situação no país preocupa. Ele afirmou que os números de novos casos e de mortes "continuam a ser altos" em solo brasileiro.

Ryan disse que a OMS e seu braço regional têm monitorado os casos diários no Brasil, inclusive a taxa de ocupação das UTIs. "Na maioria das regiões a taxa está abaixo de 80%", apontou, mas também advertiu: "É evidente que algumas áreas no Brasil enfrentam grande pressão sobre seus sistemas de cuidados intensivos".

O diretor disse, portanto, que o sistema como um todo no Brasil não está sob pressão, mas que há essa pressão em algumas áreas. Ele lembrou também que há diferentes níveis de infecção em distintas partes do país, mencionando o estado do Amazonas como uma área que mereceu destaque recente pelo avanço da doença. "Claramente, o sistema de saúde (do Brasil) precisa de apoio significativo para lidar com a situação", recomendou.