This picture taken on August 8, 2020 shows an aerial view of clashes between demonstrators and security forces, in downtown Beirut on August 8, 2020, following a demonstration against a political leadership they blame for a monster explosion that killed more than 150 people and disfigured the capital Beirut. (Photo by - / AFP) - AFP
This picture taken on August 8, 2020 shows an aerial view of clashes between demonstrators and security forces, in downtown Beirut on August 8, 2020, following a demonstration against a political leadership they blame for a monster explosion that killed more than 150 people and disfigured the capital Beirut. (Photo by - / AFP)AFP
Por Agência Brasil
Uma tropa de choque lançou bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes que tentavam superar uma barreira para chegar ao prédio do Parlamento, em Beirute, neste sábado, 8, durante um protesto contra a maneira pela qual governo libanês está lidando com a devastadora explosão desta semana na cidade.

Cerca de 7.000 pessoas reuniram-se na Praça Martyrs, no centro da cidade, alguns atirando pedras. A polícia lançou gás lacrimogêneo quando alguns manifestantes tentaram romper a barreira que bloqueia a rua que leva ao Parlamento, disse um jornalista da Reuters.

Ambulâncias foram enviadas para o local. Um adolescente desmaiou por causa do gás.

Os manifestantes entoavam "o povo quer a queda do regime", bordão popular durante a Primavera Árabe, em 2011. "Revolução. Revolução". E seguravam cartazes que diziam: “Saiam, vocês são todos assassinos.”

Soldados em veículos armados com metralhadoras patrulhavam a área em meio aos conflitos.

“Sério que o Exército está aqui? Vieram atirar em nós? Juntem-se a nós e podemos enfrentar o governo juntos”, gritou uma mulher.

A explosão de terça-feira (4), a maior da história de Beirute, matou 158 pessoas e feriu 6.000, segundo o ministério da Saúde. Vinte e uma pessoas ainda estão desaparecidas por causa da detonação que destruiu uma grande área da cidade.

O governo prometeu responsabilizar os culpados, mas poucos libaneses acreditam nisso.