Movimento na Praia do Pepê, na Barra, na última sexta-feira - Fotos Ricardo Cassiano
Movimento na Praia do Pepê, na Barra, na última sexta-feiraFotos Ricardo Cassiano
Por Ansa
O mês de setembro foi o mais quente da história, segundo divulgou nesta quarta-feira (7) o Serviço Copernicus de Mudanças Climáticas (C3S), com uma temperatura 0,05 grau Celsius maior em relação ao recorde anterior, registrado em setembro de 2019.
Por conta dos constantes números altos, o órgão aponta que este ano pode ser o mais quente da história, superando 2016. Segundo o boletim, o mês foi mais quente tanto de maneira global como na Europa, com "muitas regiões" do mundo tendo temperaturas acima da média.
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O C3S diz que um dos motivos para a elevação foi a presença do fenômeno La Niña no Oceano Pacífico e o aumento da emissão de gases que causam o efeito estufa pela humanidade.
De acordo com o Copernicus, esses são também os motivos que provocaram intensos incêndios pelo mundo, como no Brasil, na Califórnia e em partes da Austrália e o dia mais quente já registrado na história com os 54,4ºC no Vale da Morte, nos EUA.
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Além disso, é apontado como uma das principais causas do excesso de chuvas vistos no sul da França recentemente.
O documento ainda aponta que durante o mês de setembro foi constatada a segunda menor cobertura de gelo no Mar Ártico, indicando o maior derretimento desde setembro de 2012. A extensão ficou 40% menor do que a média entre os anos de 1981-2020. Na Antártica, a camada de gelo teve sua extensão um "pouco" acima da média.
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O mês de setembro é, normalmente, o que atinge o mínimo da extensão nas camadas de gelo na superfície, voltando a crescer nos meses seguintes. No entanto, uma retração muito intensa mostra que o aquecimento está acima da média.