Vacinas avançam no mundo
 - AFP
Vacinas avançam no mundo AFP
Por IG - Saúde
São Paulo - A porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Harris, comentou nesta sexta-feira que os governos devem considerar a eficácia e segurança de uma possível vacina contra a Covid-19 e não a nacionalidade do produto.

"Nós escolhemos a ciência. Não é a respeito da nacionalidade, e essa é a beleza de ser multilateral, esse é o ponto da ONU. Nós escolhemos a ciência e deveremos escolher a melhor vacina. E, como se sabe, não vamos apoiar nenhuma vacina até que seja provado que ela teve o mais alto padrão de segurança e o nível certo de eficácia", disse ela em resposta ao colunista Jamil Chade, após declaração do presidente Jair Bolsonaro que voltou a afirmar que o Brasil não compraria uma vacina "da China" e mencionou o "descrédito" do país.
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A OMS reforçou que, independentemente do local onde o imunizante é desenvolvido, nenhuma vacina será aprovada enquanto os "mais altos padrões" não sejam atingidos.
Na última quarta-feira, o presidente criticou a CoronVac e afirmou em entrevista que não investirá na vacina ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprove o produto. "A da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população. Esse é o pensamento nosso. Tenho certeza que outras vacinas que estão em estudo poderão ser comprovadas cientificamente, não sei quando, pode durar anos", disse Bolsonaro.

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O episódio de críticas do presidente a vacina chinesa aconteceu depois de Eduardo Pazuello, atual ministro da Saúde, divulgar um projeto intencional para comprar 46 milhões de doses da vacina no Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. Após a fala de Bolsonaro, Pazuello afirmou, nesta quinta-feira, que seguirá as recomendações do presidente.