Homenagem a membros do Charlie Hebdo mortos em atentado terrorista de 2015 - AFP
Homenagem a membros do Charlie Hebdo mortos em atentado terrorista de 2015AFP
Por AFP
Paris - O julgamento do atentado de janeiro de 2015 contra a revista satírica Charlie Hebdo será retomado na próxima segunda-feira, em Paris, após uma suspensão de duas semanas decidida depois que três réus contraíram o coronavírus - informou uma fonte judicial nesta sexta.
A retomada desse julgamento, que teve início em 2 de setembro, dependia do resultado de um exame de saúde do principal réu, Ali Riza Polat, que continuou apresentando sintomas de covid-19 no início da semana.
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Após o exame, o presidente da corte especial de Paris, Régis de Jorna, disse em uma mensagem enviada aos advogados de defesa e da parte civil que "não há mais contra-indicações médicas, ou de saúde", que oponham à retomada do julgamento.
Ali Riza Polat, o único dos acusados julgado por "cumplicidade" em crimes de terrorismo, testou positivo para covid-19 em 31 de outubro, o que levou a uma suspensão inicial de dois dias do julgamento.
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Esta suspensão foi prorrogada depois que outros dois réus tiveram o mesmo resultado.
O julgamento foi suspenso duas semanas antes da data prevista para sua conclusão.
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Os advogados das vítimas ainda não precisam apresentar suas denúncias, assim como a Promotoria Nacional antiterrorista e os advogados da defesa.
Inicialmente previsto para esta sexta-feira, o veredicto agora deve ser anunciado em 27 de novembro.
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Desde 2 de setembro, 14 pessoas - três delas ausentes - estão sendo julgadas em Paris por terem dado apoio logístico aos autores do atentado contra Charlie Hebdo, cometido em 7 de janeiro de 2015.
No episódio, morreram 12 colaboradores da revista satírica.

Os autores materiais do atentado foram mortos pela polícia em 9 de janeiro em uma gráfica a nordeste de Paris, onde se entrincheiraram.

Depois de dois meses de processo, cerca de 150 testemunhas e peritos se sucederam no tribunal. Todo processo está sendo filmado pelos arquivos da Justiça, o que constitui um fato inédito em matéria terrorista, e submetido a uma forte vigilância policial.