O laboratório alemão BioNTech, em parceria com a americana Pfizer, produziu a primeira vacina aprovada internacionalmente contra a covid-19 - Mario Tama/Getty Images/AFP
O laboratório alemão BioNTech, em parceria com a americana Pfizer, produziu a primeira vacina aprovada internacionalmente contra a covid-19Mario Tama/Getty Images/AFP
Por AFP
O laboratório alemão BioNTech, que em parceria com a americana Pfizer produziu a primeira vacina aprovada internacionalmente contra a covid-19, anunciou que poderia fornecer uma vacina adaptada à nova cepa do vírus registrada no Reino Unido "em seis semanas".
"Tecnicamente somos capazes de fornecer uma nova vacina em seis semanas", disse Ugur Sahin, cofundador do laboratório alemão.
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"A beleza da tecnologia do RNA mensageiro é que podemos diretamente começar a conceber uma vacina que imita fielmente a nova mutação", disse, em uma entrevista coletiva, um dia depois da aprovação da União Europeia (UE) a sua vacina.
Ugur Sahin destacou, no entanto, que é "muito provável" que a atual vacina seja totalmente eficaz contra esta nova cepa detectada no Reino Unido, que é mais contagiosa e provoca o temor de um aumento dos casos.
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"Cientificamente é muito provável que a resposta imunológica provocada pela vacina possa servir para esta variante do vírus", afirmou Sahin, que fundou com a esposa, Özlem Türeci, o laboratório BioNTech.
Sahin apresentou razões para seu otimismo: a vacina desenvolvida em parceria com a Pfizer "contém mais de 1.000 aminoácidos e apenas nove deles sofreram mutação, o que significa que 99% da proteína é sempre a mesma".
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Dentro de duas semanas, a BioNTech pretende publicar as conclusões de estudos realizados com esta variante do vírus, segundo o cientista.
A detecção da mutação no Reino Unido provocou pânico no mundo e perguntas sobre a eficácia das vacinas.