Publicado 08/12/2020 12:55 | Atualizado 08/12/2020 14:13
Washington - Os Estados Unidos apoiam a "consulta popular" impulsionada pelo opositor Juan Guaidó na Venezuela em rejeição às questionadas eleições legislativas que reforçaram a hegemonia do presidente Nicolás Maduro, informou o chefe da diplomacia americana Mike Pompeo nesta terça-feira.
"O processo eleitoral venezuelano foi reduzido a uma farsa pela ditadura de Maduro. Diante da tremenda repressão, a consulta popular está dando voz ao povo venezuelano", disse Pompeo em um comunicado, aplaudindo a iniciativa e ratificando o apoio de Washington a Guaidó.
Guaidó, o chefe parlamentar reconhecido como presidente interino da Venezuela pelos Estados Unidos e por cinquenta países que consideram fraudulenta a reeleição de Maduro em 2018, pediu aos venezuelanos que se pronunciem após as eleições de domingo, nas quais o chavismo recuperou o controle do legislativo em mãos da oposição desde 2015.
Pompeo destacou que a "consulta popular" promovida por Guaidó oferece "uma plataforma para que os venezuelanos, incluindo os que se veem obrigados a fugir ao exterior sob ameaça de perseguição, tortura ou morte, exijam eleições presidenciais e legislativas livres e justas".
"É uma oportunidade para expressar seu apoio à transição para a democracia na Venezuela e rejeitar as fraudulentas eleições legislativas do regime", destacou.
O plebiscito, organizado de acordo com a Constituição venezuelana, ocorre de segunda-feira até sábado, mas não possui o aval da autoridade eleitoral, de linha oficialista.
O partido de Maduro ganhou as eleições de domingo, que foram realizadas com abstenção de 69% e com uma forte rejeição internacional, e deve assumir o controle do Parlamento em 5 de janeiro.
Guaidó e a maioria dos partidos opositores decidiram se abster dessa votação, que classificaram como fraudulenta, e optaram por este plebiscito com dois mecanismos de participação: virtual e presencial, este último marcado para sábado com postos de votação nas ruas e atividades itinerantes na Venezuela e 300 cidades do exterior.
"Convidamos os venezuelanos a erguer a voz", disse Guaidó em um vídeo que publicou no Twitter chamando os venezuelanos a participar e transformar cada espaço do país em "um protesto ativo".
"Você exige o fim da usurpação da presidência de Nicolás Maduro e (...) eleições presidenciais e parlamentares livres, justas e verificáveis?", diz a primeira das três perguntas.
A segunda pergunta semeia a rejeição à votação de domingo e a terceira, sem mencionar as sanções financeiras impostas pelos EUA para pressionar por uma mudança na Venezuela, apoia as gestões internacionais de Guaidó.
Na Venezuela já aconteceu uma consulta independente em 2017 contra uma Assembleia Constituinte proposta por Maduro, na qual a oposição afirmou reunir 7,5 milhões de votos. A Constituinte também foi aplicada e assumiu na prática as funções do Parlamento.
Guaidó e a maioria dos partidos opositores decidiram se abster dessa votação, que classificaram como fraudulenta, e optaram por este plebiscito com dois mecanismos de participação: virtual e presencial, este último marcado para sábado com postos de votação nas ruas e atividades itinerantes na Venezuela e 300 cidades do exterior.
"Convidamos os venezuelanos a erguer a voz", disse Guaidó em um vídeo que publicou no Twitter chamando os venezuelanos a participar e transformar cada espaço do país em "um protesto ativo".
"Você exige o fim da usurpação da presidência de Nicolás Maduro e (...) eleições presidenciais e parlamentares livres, justas e verificáveis?", diz a primeira das três perguntas.
A segunda pergunta semeia a rejeição à votação de domingo e a terceira, sem mencionar as sanções financeiras impostas pelos EUA para pressionar por uma mudança na Venezuela, apoia as gestões internacionais de Guaidó.
Na Venezuela já aconteceu uma consulta independente em 2017 contra uma Assembleia Constituinte proposta por Maduro, na qual a oposição afirmou reunir 7,5 milhões de votos. A Constituinte também foi aplicada e assumiu na prática as funções do Parlamento.
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