França começa a vacinar maiores de 75 anos contra covid-19
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Por AFP
A França começou, nesta segunda-feira (18), a vacinação contra a covid-19 para os maiores de 75 anos, segunda etapa de sua campanha, após vacinar os profissionais de saúde e os residentes dos lares de idosos, em um país onde o coronavírus deixa mais de 70.000 mortes.
Depois de, em um primeiro momento, concentrar seus esforços de vacinação em grupos prioritários como os residentes das casas de repouso e profissionais de saúde, a França agora convoca cerca de cinco milhões de pessoas maiores de 75 anos que não vivem nessas instituições, assim como 800.000 pessoas com doenças de "alto risco", como insuficiência renal crônica, ou tratamentos contra o câncer.
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Para incentivar a população e dar o exemplo, sete vencedores do Prêmio Nobel franceses e a cantora Line Renaud receberão a dose da vacina em público no dia de hoje, anunciou o responsável de vacinação designado pelo governo.
Em um país cético sobre a vacinação, uma pesquisa do instituto IFOP realizada no domingo (17) pelo jornal Le Parisien aponta que 54% dos franceses desejam se vacinar, 15 pontos a mais do que em dezembro.
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O ministro da Saúde, Olivier Veran, pediu "paciência" aos mais de 6,4 milhões de franceses convocados para a vacinação, devido à lentidão da chegada das doses.
Segundo Veran, "um milhão de pessoas receberão a vacina" de hoje até o final de janeiro e, entre 2,4 milhões e 4 milhões, até o final de fevereiro. Por enquanto, cerca de 422.000 pessoas foram vacinadas.
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Depois de anunciar, na sexta-feira (15), uma queda em seu ritmo de produção da fábrica de Puurs (Bélgica), que duraria "de três a quatro semanas", o grupo americano Pfizer, associado ao laboratório alemão BioNTech, anunciou no sábado um "plano" para acelerar a produção e recuperar, "a partir da semana de 25 de janeiro", o calendário de entregas acordado com a UE.
A França vive desde sábado (16) um novo toque de recolher adiantado para as 18h locais, que vai durar "pelo menos 15 dias", para limitar a vida social.
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Consideradas mais contagiosas, as novas mutações do vírus (britânica e sul-africana) ameaçam provocar um surto de casos, em um país que registrou neste domingo 141 mortes (totalizando 70.283 óbitos desde o início da pandemia) e 2.766 internações em UTI, segundo os dados das autoridades de saúde.