Das 500 mil vacinas adquiridas pela Bolívia, 100 mil serão doadas - AFP
Das 500 mil vacinas adquiridas pela Bolívia, 100 mil serão doadasAFP
Por AFP
La Paz - A Bolívia assinou nesta quinta-feira(11) um acordo com a China para a compra de 500 mil vacinas da farmacêutica Sinopharm contra a covid e espera que as doses cheguem no final do mês para iniciar a imunização em massa da população, informou o governo.

“Assinamos um acordo com a Sinopharm para o fornecimento de 500 mil vacinas para o povo boliviano que receberemos em fevereiro”, disse o presidente Luis Arce, que comandou uma cerimônia oficial na casa presidencial de La Paz.

Arce agradeceu ao presidente chinês Xi Jinping "por este acordo que faz parte das relações de cooperação entre a Bolívia e a China".

Das 500.000 vacinas, 100.000 serão doadas. O chefe de estado considerou que este tipo de medicamento exige uma temperatura de "entre dois e oito graus" Celsius, o que "facilita o seu transporte e conservação".

Ele lembrou que esse novo lote é adicionado a um pacote "15,2 milhões de doses das vacinas Sputnik V (da Rússia) e AstraZeneca (do Reino Unido) do mecanismo Covax" promovido pela Organização Mundial de Saúde, que também vai disponibilizar doses da Pfizer/BioNTech (dos EUA e Alemanha).

Desse total, 5,2 milhões são da vacina russa e o restante da britânica e da germano-americana.

Desse lote de 10 milhões, metade é comprada e o restante doado por meio do dispositivo Covax.

Um primeiro lote de 20.000 doses da Sputnik V chegou no final do mês passado e imunizou equipes médicas na linha de frente da luta contra a covid-19, que já infectou mais de 232.500 pessoas e deixou quase 11.000 mortos na Bolívia, com população de 11,5 milhões de habitantes.

O porta-voz do governo, Jorge Richter, confirmou que a vacinação em massa, gratuita e voluntária para maiores de 18 anos começará no final do mês com vacinas chinesas.

O ministro da Saúde, Jeyson Auza, informou que o governo autorizou empresas privadas a importar vacinas, após esforços de alguns municípios, como La Paz, Santa Cruz (leste) e Tarija (sul) para que também possam ser compradas, independentemente das adquiridas pelo governo.