O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu a primeira dose da vacina russa Sputnik V neste sábadoAFP

Por AFP
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu a primeira dose da vacina russa Sputnik V neste sábado (6), junto com sua esposa, Cilia Flores, informou a televisão estatal.
"Estou vacinado, não sinto nenhum tipo de 'skalosky' ou 'fiebrasky'", brincou Maduro. "Dizem que você sai falando russo", afirmou o presidente de 58 anos, com uma risada.
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Citando estudos espalhados pelo mundo, Maduro, que tem a Rússia como um de seus principais aliados - junto à China, Cuba e Turquia - destacou que o Sputnik V "é uma vacina com grande poder de gerar imunidade".
"Não doeu", comentou sua esposa. "Cilia é mais corajosa do que eu, em mim machucou", comentou Maduro.
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Em 18 de fevereiro, a Venezuela começou a fornecer a primeira dose da vacina russa contra a covid-19, a Sputnik V, ao pessoal de saúde do país, após receber 100 mil doses das 10 milhões encomendadas.
Na segunda-feira, 1º de março, 500 mil doses da farmacêutica chinesa Sinopharm chegaram ao país caribenho. O presidente anunciou na véspera que sua aplicação começará na segunda-feira.
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"Na segunda-feira da próxima semana começa a vacinação com a vacina chinesa, assim estaremos vacinando com a vacina russa Sputnik e com a chinesa", afirmou na sexta-feira durante cerimônia para comemorar o oitavo aniversário da morte de seu antigo mentor, o ex-presidente Hugo Chávez.
A Venezuela também tem entre 1,4 e 2,4 milhões de vacinas AstraZeneca reservadas através do sistema Covax da Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, eles não conseguiram chegar por dívidas com a OMS.
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O governo Maduro viu seu acesso se tornar limitado às contas de estados situadas no exterior, com fundos bloqueados cujo controle está nas mãos do líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como presidente desse país sul-americano pelos Estados Unidos e cinquenta outros governos.
Com 30 milhões de habitantes, a Venezuela tinha até sexta-feira 140.960 casos e 1.364 mortes por covid-19, segundo dados oficiais.