Sete países da União Europeia (UE) começaram a emitir seus primeiros certificados na terça-feiraAFP

Por AFP
Bruxelas - A União Europeia (UE) inicia na segunda-feira negociações com os Estados Unidos para garantir o fornecimento de componentes americanos de vacinas anticovid, sujeitas a rígidas restrições de exportação por Washington, informou uma fonte europeia neste sábado.
O comissário europeu Thierry Breton, responsável pelos aspectos industriais da fabricação de vacinas, se reunirá na segunda com Jeffrey Zients, coordenador da equipe responsável pela luta contra a covid-19 na Casa Branca, disse a fonte à AFP.
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O objetivo é "trabalhar de forma coordenada para que não haja gargalos" para os fabricantes europeus de vacinas, explicou a fonte.
Os componentes abordados nas negociações incluem sacos para cubas (muitas das quais são fabricadas na UE por empresas dos EUA ou por empresas europeias nos EUA), bem como os nanolipídios necessários para vacinas de RNA mensageiro, frascos e seringas.
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Todo o material relacionado a vacinas requer autorizações específicas de Washington para exportação.
Por outro lado, a UE aplica um mecanismo de controle às vacinas já concluídas. É o caso da Itália, que bloqueou 250 mil doses da AstraZeneca que tinham como destino a Austrália.
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O laboratório britânico-sueco anunciou que só poderia entregar um terço das doses prometidas à UE no primeiro trimestre.
"Cada um tem as suas regras, são legítimas. A ideia não é renegociá-las", mas sim examinar "os processos administrativos aplicados" para a exportação dos componentes e ver "como os facilitar, acelerá-los", insistiu a fonte.
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"É um processo de antecipação. No momento em que a produção de vacinas na Europa aumentar consideravelmente, queremos ter certeza de que todos os componentes estarão lá", afirma.