Vacina, Covid-19
Vacina, Covid-19Divulgação
Por AFP
As autoridades sanitárias chilenas anunciaram nesta quinta-feira, 15, que 50% de sua população-alvo recebeu pelo menos a primeira dose da vacina contra a covid-19. Somaram-se 7,6 milhões de pessoas vacinadas com imunizantes do laboratório chinês Sinovac e da Pfizer/BioNTech, únicos administrados no Chile.
A população-alvo corresponde a 15,2 milhões de pessoas (80% dos 19 milhões de habitantes deste país austral).Do total vacinado, 5,1 milhões já receberam as duas doses, o que equivale a 32,7%.
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Embora seja um dos países com a melhor taxa de vacinação do mundo, o Chile está totalmente imerso na segunda onda de infecções, com números superiores a 9.000 casos em poucos dias.
Nesta quinta-feira, as novas infecções chegaram a 7.357 e foi registrado um recorde de óbitos em 24 horas: 218. É o maior número desde o primeiro caso de coronavírus registrado no país em março de 2020.
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“O número de óbitos é maior porque o serviço de Registro Civil durante o sábado e o domingo sofre um atraso na entrega dos dados. Obviamente temos um aumento no número de óbitos, mas a média fica em torno de 100 ou 110 óbitos por dia”, explicou o Ministro da Saúde, Enrique Paris, em entrevista coletiva.
O Chile acumula mais de 1,1 milhão de infectados e quase 25.000 mortes, enquanto 90% da população está em quarentena.
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Desde o início de abril, as fronteiras estão fechadas e um toque de recolher noturno vigora há um ano.
A nova onda da pandemia levou à ocupação de 95% dos leitos de terapia intensiva do sistema hospitalar, onde, ao contrário da primeira onda, há mais pacientes com menos de 39 anos do que com mais de 70.
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Especialistas indicam que o levantamento antecipado de restrições (como abertura de academias, cassinos e escolas), a autorização de viagens e a falsa sensação de segurança da população com a vacinação têm contribuído para o aumento das infecções, além das novas variantes do vírus.