"Precisamos priorizar a saúde sobre a política e colocar em valor, em hieraquia, o risco coletivo", disse Vizzotti em coletiva de imprensa.
A ministra afirmou que a "Argentina está vivendo o pior momento da pandemia desde 3 de março do ano passado. É o momento de maior risco", o que é ilustrado pela velocidade exponencial de casos e pelo número de internações em UTI, que alcançaram 75% de ocupação na região metropolitana de Buenos Aires (AMBA). O sistema de saúde está "em risco de transbordar", alertou.
O prefeito de Buenos Aires, o opositor de direita Horacio Rodríguez Larreta, ordenou abrir as escolas apoiado em uma decisão judicial desafiando um decreto presidencial que ordenava aulas virtuais durante 15 dias para diminuir a circulação de pessoas.
Larreta considera que "as escolas não contagiam" e justificou sua oposição no fato de "a cidade ter autonomia" para tomar decisões, em um caso que deve ser resolvido pelo Supremo Tribunal.
"Não se trata do risco individual de assistir às aulas, mas do risco coletivo de uma aglomeração urbana com transmissão comunitária intensa do vírus e velocidade acelerada", explicou a ministra.
O decreto presidencial também ordenou restringir a circulação no AMBA entre 20h e 06h até o dia 30 deste mês.
"Estamos buscando que a velocidade de contágio diminua e esse é o motivo sanitário dessa decisão que não se opõe a nenhum outro direito (...). Esta medida é tomada no AMBA porque é o epicentro da pandemia", acrescentou. "Quando a curva (de casos) dispara, é muito difícil interrompê-la".
Também considerou um "marco" o início da produção na Argentina da vacina Sputnik V, do laboratório Gamaleya, cujo primeiro lote com 21 mil doses foi enviado à Rússia para um controle de qualidade.
Esse é o primeiro país da América Latina a produzir a vacina russa. A Argentina recebeu quase 9 milhões de vacinas de diferentes laboratórios e aplicou cerca de 6,5 milhões.
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