O novo carregamento é suficiente para a produção de 12 milhões de doses.
O novo carregamento é suficiente para a produção de 12 milhões de doses.AFP
Por AFP
Madri - A Espanha decidiu, nesta sexta-feira (30), atrasar em quatro semanas a segunda injeção da vacina contra a covid-19 para aqueles com menos de 60 anos que receberam a primeira dose da AstraZeneca, enquanto se aguarda mais informações sobre como proceder.
Muitos espanhóis viram seu processo de imunização paralisado desde que as autoridades de saúde decidiram suspender o uso do medicamento da AstraZeneca para menores de 60 anos devido aos raros, mas graves, casos de trombose detectados em alguns países.
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Quando estava prestes a expirar o prazo de doze semanas para que os primeiros vacinados recebessem a segunda dose, as autoridades sanitárias espanholas decidiram estender esse prazo por mais quatro semanas, a fim de ter "mais informações para poder tomar uma decisão que garante a segurança da vacinação".
“A Espanha, (...) seguindo o princípio da precaução, opta por aguardar mais informações sobre os estudos em curso e a experiência de outros países”, afirmou o Ministério da Saúde em um comunicado.
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Entre esses estudos está um ensaio lançado em meados de abril pelo próprio ministério para verificar a segurança e eficácia da combinação de uma primeira dose de AstraZeneca com uma segunda dose da Pfizer.
Os primeiros resultados deste estudo estão programados para meados de maio, o que permitiria às autoridades de saúde tomar uma decisão sobre o que fazer com os menores de 60 anos já vacinados com uma dose antes que expire o novo intervalo de 16 semanas.
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Até o momento, apenas 261 pessoas receberam a imunização completa da vacina AstraZeneca na Espanha, enquanto outros 3,7 milhões receberam apenas a primeira dose desse medicamento, agora reservado para pessoas entre 60 e 69 anos de idade.
Em seu comunicado, o Ministério da Saúde destaca que “a proteção chega a cerca de 80% de eficácia com a primeira dose”.
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A Espanha, cujo governo quer ter 70% de sua população imunizada antes do final de agosto, atualmente tem pouco mais de 9,3% de seus 47 milhões de habitantes totalmente vacinados contra a covid-19.