Apenas em março, o superávit da conta corrente foi de US$ 19,7 bilhões.
Apenas em março, o superávit da conta corrente foi de US$ 19,7 bilhões.Pixbay
Por ESTADÃO CONTEÚDO
O governo da China avisou que se opõe com firmeza a "qualquer tentativa de politizar e estigmatizar" a pandemia de coronavírus. A resposta é uma reação de Pequim à insinuação do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) de que o país asiático poderia ter criado o vírus em laboratório como parte de uma "guerra bacteriológica".
"O vírus é o inimigo comum da humanidade. A tarefa urgente agora é que todos os países se unam na cooperação contra a pandemia e se esforcem por uma vitória rápida e completa sobre ele. Nos opomos firmemente a qualquer tentativa de politizar e estigmatizar o vírus", avisou Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
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Não é a primeira vez que Bolsonaro faz insinuações deste tipo. Recentemente, Paulo Guedes, ministro da Economia, também tinha falado do país asiático com o mesmo tipo de colocação, o que tem gerado um desgaste nas relações entre os dois países. Vale lembrar que a China é um importante parceiro comercial do Brasil e que tem enviado insumos para a fabricação da Coronavac, vacina contra a covid-19.
As declarações de Bolsonaro repercutiram também no Instituto Butantan, que tem recebido da China os IFAs (Insumos Farmacêuticos Ativos) da Coronavac. Segundo o presidente do instituto, Dimas Covas, esse tipo de colocação de autoridades do governo federal atrapalham ainda mais a liberação dos produtos para o Brasil.
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"Embora a Embaixada da China no Brasil venha dizendo que não há esse tipo de problema, a nossa sensação, de quem está na ponta, é de que existe dificuldade. Uma burocracia que está sendo mais lenta que o habitual e autorizações com volumes cada vez mais reduzidos. Essas declarações obviamente têm impacto e nós ficamos à mercê dessa situação", disse.